Um norte-americano foi salvo de uma pena de prisão de 50 anos, por supostos abusos sexuais a uma menor, graças à prova de vida de uma cadela.
Em 2017, Joshua Horner, de 42 anos, foi condenado a uma pena de prisão de 50 anos, no estado norte-americano do Oregon, por um suposto abuso sexual de uma menor. Porém, graças a Lucy, uma cadela Labrador retriever, o caso teve uma reviravolta inesperada, conta a BBC.
A suposta vítima declarou que Horner disparou e supostamente matou a cadela em sua frente, com o objetivo de dissuadi-la de denunciar os crimes à polícia. No entanto, graças ao trabalho da Oregon Innocence Project (OIP), organização que se dedica a ajudar pessoas condenadas injustamente, Lucy foi descoberta.
O julgamento original não teve um veredito unânime e, de acordo com a organização sem fins lucrativos, tinha levantado “várias bandeiras vermelhas”. Segundo o Diário de Notícias, o norte-americano tinha sido condenado sem qualquer prova forense, com o júri se baseando apenas no depoimento da menor.
Horner sempre afirmou sua inocência e insistiu que a cadela estava viva, um detalhe que poderia provar que a suposta vítima mentiu sobre o caso. A organização iniciou então as buscas pelo animal, uma investigação que implicou várias viagens até encontrar o novo dono da cadela.
“Estava bebendo água de uma tigela e sentada debaixo de sombra na área externa de uma casa. Brincamos com ela, fiz festas, foi maravilhoso”, conta Lisa Christon, voluntária da organização citada pela emissora britânica.
A identidade da cadela foi verificada através da sua aparência distinta e levada para provar que, afinal, não estava morta. “Lucy não foi abatida a tiros. Está viva e bem de saúde”, afirmou o Tribunal de Recurso do estado, que permitiu que Horner fosse libertado em agosto, ainda que fosse marcado um novo julgamento.
Segundo a BBC, foram feitas várias tentativas para falar com a suposta vítima sobre o seu depoimento, mas ela acabou por nunca comparecer nas reuniões e chegou a fugir quando foi abordada pelos funcionários da procuradoria.
O tribunal decidiu então que não iria haver novo julgamento, pelo que o norte-americano foi ilibado dos crimes e pôde finalmente retomar a sua vida.
Ciberia // ZAP