O escândalo só chegou a público na semana passada, mas há cerca de dois meses a polícia do Vaticano pegou em flagrante um sacerdote de 50 anos, capelão do Papa e secretário de um dos seus mais próximos conselheiros, em uma orgia homossexual – com muita cocaína à mistura.
A imprensa italiana começou a reportar o caso a semana passada, sem revelar nomes dos envolvidos, e só agora se sabe que no centro do escândalo está o monsenhor Luigi Capozzi, de 50 anos, capelão do Papa em 2007 e secretário do Cardeal Francesco Coccopalmerio, o líder do Conselho Pontifício do Vaticano para os Textos Legislativos e um dos mais próximos conselheiros de Francisco.
Papa Francisco “furioso”
Neste momento, não é sequer certo quando a polícia do Vaticano flagrou a orgia, mas tudo teria acontecido há dois meses, com o Vaticano tentando abafar o caso.
Depois das acusações de abuso sexual de menores contra o Cardeal Pell, considerado o “número 3” do Vaticano, o novo escândalo é “mais uma pedra no sapato do Papa Francisco”, escreve o jornal italiano Il Fatto Quotidiano, um dos primeiros a reportar o novo caso.
Fontes afirmam que a orgia teria sido ocultada do próprio Papa Francisco, até que ele se deparou com o assunto nos jornais. Francisco teria ficado “furioso” e pretenderia que o assunto fosse tratado com a “máxima clareza”, refere o jornal Libero Quotidiano.
Queixas de barulho e de visitas constantes de “jovens”
A mídia italiana revela detalhes sobre o escândalo, afirmando que a polícia do Vaticano irrompeu orgia adentro, apanhando cocaína e vários homens nus, entre os quais o Monsenhor Capozzi.
A orgia estaria ocorrendo no apartamento habitado por Capozzi no chamado Palácio do Santo Ofício, onde vivem vários cardeais e onde viveu o Papa Bento XVI, antes de ser designado. Naturalmente, tendo em conta o posicionamento na hierarquia do Vaticano, deveria ser o Cardeal Francesco Coccopalmerio a ocupar a habitação, mas o certo é que era seu subordinado que morava lá.
A intervenção da polícia do Vaticano surgiu depois de queixas dos outros inquilinos, quase todos cardeais, devido ao barulho excessivo e ao “fluxo constante de jovens homens”, conforme relata o Il Fatto Quotidiano.
A imprensa italiana aponta ainda que o capelão do Papa tinha direito a um carro de luxo, com a placa da Santa Sé, que lhe permitia transportar a quantidade de drogas que desejasse sem que a polícia italiana o importunasse.
Aparentemente, a orgia estava tão regada à drogas que o Monsenhor Capozzi foi levado para fazer uma desintoxicação em uma clínica, depois de ser apanhado em flagrante. Finalmente, teria ido para um “retiro espiritual”.
Neste momento, seu paradeiro é incerto, mas já teria sido afastado do cargo de secretário do Cardeal Coccopalmerio, embora continue a surgir no site do Conselho Pontifício do Vaticano para os Textos Legislativos como fazendo parte da equipe cristã.
Comprometida ficou também sua nomeação para bispo, que tinha sido proposta pelo seu superior hierárquico.
“É absurdo que o Cardeal Coccopalmerio não soubesse”
E mesmo que o Cardeal Coccopalmerio não tenha sido apanhado envolvido na orgia, há quem defenda que ele deve ser aposentado à força, em virtude do escândalo, segundo nota o Libero Quotidiano – até porque muitos consideram que é impossível que o Cardeal não soubesse das orgias do seu secretário.
“Dada a monitorização e os sussurros que ocorrem no Vaticano, é improvável até ao ponto do absurdo que o Cardeal Coccopalmerio não soubesse das atividades do Monsenhor Capozzi”, considera Michael Hichborn, presidente do Instituto Lepanto, organização baseada nos EUA que defende os princípios mais conservadores da Igreja Católica.
Michael Hichborn diz ainda que, “se considerarmos o documento de 300 páginas sobre o lobby homossexual entregue por Bento XVI, antes de resignar, há muitas probabilidades de que muitos dos que trabalham no Vaticano estivessem a par das atividades de Capozzi, e que tais atividades estejam também acontecendo com outros clérigos”.
Há quem lembre também que, em uma entrevista de 2014, Coccopalmerio destacou que os sacerdotes devem realçar as “realidades positivas” das relações homossexuais.
Nos últimos tempos, Hichborn, que lidera o órgão que interpreta as Leis da Igreja, tem sido um dos fortes aliados do Papa Francisco no âmbito da política de abertura do Pontificado no que concerne à permissão aos divorciados para se casarem novamente.
// ZAP
Que falta de vergonha. Esse lixos deveriam ter sido presos por se aproveitarem dos cargos e provavelmente participar de estupro de menores. Essa falta de punição aos clérigos da igreja católica pelo mundo deveria já ter acabado faz décadas. E ainda vão em frente ao púlpito pra falar mal dos homosexuais, quando boa parte entre eles são muito mais imorais que aqueles que não se escondem atrás de uma batina para enganar o povo é determinar seus direitos.