O torso encontrado nesta terça-feira (22) na baía de Copenhague, na Dinamarca, corresponde ao corpo da jornalista sueca desaparecida, confirmou nesta quarta-feira (23) a polícia dinamarquesa.
O DNA do torso encontrado ontem corresponde com as amostras recolhidas pela polícia da escova de cabelo e de dentes da jornalista Kim Wall, desaparecida misteriosamente desde o dia 10 de agosto.
O responsável pela investigação, Jens Moller Jensen, afirmou hoje à imprensa, citado pela BBC, que o corpo trazia consigo pedaços de metal, o que parece ser uma clara tentativa para que não flutuasse.
O torso, sem cabeça, braços ou pernas, foi encontrado na água por um ciclista. No interior do submarino também já tinha sido descoberto sangue que correspondia com o da repórter sueca.
Jensen disse aos jornalistas que não vai comentar a causa da morte de Wall, mas que as investigações forenses continuam e que a polícia está à procura do resto do corpo.
O desaparecimento da jornalista foi registado às 2h30 pelo namorado, que não conseguia entrar em contato com ela. A jornalista, de 30 anos, tinha marcado uma curta viagem a bordo do submarino de Peter Madsen, sobre o qual estava escrevendo um artigo. Muitas horas mais tarde, não atendia o celular e se encontrava em local desconhecido.
O milionário dinamarquês, acusado de homicídio involuntário, contou inicialmente à polícia que, após a curta viagem a bordo do submarino, deixou a jornalista em terra firme, no local onde horas antes tinham se encontrado.
Mais tarde, o homem de 46 anos deu uma versão diferente, dizendo que a jornalista teria morrido em um acidente a bordo do submarino, e que teria atirado seu corpo à água na baía de Køge, a sul de Copenhague.
O submarino afundou no dia seguinte, às 11h, altura em que Madsen foi resgatado da água. Antes disso, a embarcação tinha sido avistada submersa, próxima à fronteira com a Suécia.
A polícia dinamarquesa acredita que o submarino foi deliberadamente afundado.
Kim Wall era uma jornalista independente, baseada em Nova York e Pequim. Entre outros meios, escrevia para jornais como o New York Times, The Guardian e South China Morning Post e para a revista Vice.
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