Um novo estudo elaborado por cientistas da Universidade de Oxford, divulgado nesta segunda-feira (11), revela que as plantas reagem à anestesia de maneira similar aos animais e humanos, pelo que podem ser usadas em testes clínicos.
A pesquisa, cujas conclusões foram divulgadas pela publicação Annals of Botany, lembra como a anestesia foi usada pela primeira vez no século XIX, quando se descobriu que inalar gás de éter evitava que os pacientes sofressem durante as intervenções cirúrgicas.
Desde então, encontraram-se muitas outras naturezas químicas que provocam efeitos anestésicos, embora ainda fique muito por descobrir sobre elas.
O estudo indica que apesar de um período de 150 anos utilizando muitos tipos de anestesia, sabe-se pouco sobre como esses componentes diferentes, que não contam com semelhanças estruturais, induzem à perda de consciência.
A anestesia também funciona nas plantas, segundo a equipe de cientistas, que descobriu que quando as expuseram a estas substâncias, várias perderam os movimentos autônomos.
Por exemplo, durante os testes, os cientistas observaram como a planta denominada Dionaea deixava de gerar sinais elétricos e suas armadilhas continuavam abertas ao tato.
Além disso, no caso das gavinhas, elas deixaram seus movimentos autônomos e ficaram imóveis, adotando uma forma curvada.
A pesquisa sugere que a ação da anestesia sobre os níveis celulares e orgânicos dos animais é similar à das plantas, pelo que podem funcionar como sistema de teste alternativo para realizar estudos sobre o assunto.
Ciberia // ZAP