O senador Major Olimpio (PSL), de 58 anos, teve morte cerebral confirmada por sua assessoria. A notícia foi dada no perfil do parlamentar no Twitter.
Olimpio estava intubado com covid-19 no hospital São Camilo, em São Paulo. O ex-policial testou positivo para a doença no início de março e teve de ser colocado em ventilação mecânica em duas ocasiões.
“Marcha dos prefeitos”
“Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olimpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmar o óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil”, afirmou a conta do parlamentar no Twitter.
O senador do PSL contraiu covid-19 no início de março, quando ocorreu a ‘marcha dos prefeitos’. Durante essa semana, o Congresso teve alta circulação de assessores e chefes do executivo municipal em busca de verbas do orçamento, que seria aprovado pelo Senado e Câmara.
Além de Olimpio, outros dois senadores – Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Laisier Martins (Podemos-RS) – foram internados com a covid-19. Ambos já receberam alta, e somente Olimpio acabou falecendo.
Major Olimpio, que até participou de sessões do Senado da cama do hospital, se torna o terceiro senador da República a morrer por complicações do novo coronavírus. José Maranhão (MDB-PB) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ) foram outras vítimas. Olimpio, com 58 anos, era o mais novo dos três.
Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Academia do Barro Branco da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Major Olimpio forjou sua carreira dentro dos quartéis. Ganhou notoriedade por ser crítico do governador Geraldo Alckimin e foi eleito ao Senado Federal por se associar ao Presidente Jair Bolsonaro em 2018.
Apesar de ser líder do PSL no Senado, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito, Olimpio se afastou do presidente durante a pandemia. O parlamentar não defendeu tratamentos falsos, mas chegou a participar de um protesto em Bauru, interior de São Paulo, contra o fechamento do comércio determinado pelo governado paulista João Doria, um de seus rivais na política.
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