O Senado dos Estados Unidos aprovou, na madrugada desta quarta-feira (20), a redução em massa de impostos promovida pelo presidente Donald Trump, que é direcionado fundamentalmente para as grandes rendas e empresas.
A reforma tributária ficou aprovada com 51 votos a favor (todos republicanos) e 48 contra, todos os democratas.
A votação foi interrompida em várias ocasiões por gritos de opositores da reforma tributária que estavam na galeria da Câmara Alta.
Embora o plano dos republicanos era o Congresso aprovar o projeto de lei nesta terça-feira (19), o voto emitido pela Câmara dos Representantes foi invalidado por aspectos técnicos e deve ser repetido na manhã desta quarta.
O resultado do voto invalidado na Câmara Baixa foi de 227 a favor (todos republicanos) e 203 contra (democratas e 12 votos conservadores).
Se o resultado for repetido e o projeto finalmente for aprovado pelo Congresso, Trump poderá ratificá-lo hoje mesmo.
O texto destina-se principalmente a reduzir impostos sobre as empresas, reduzindo suas contribuições para o Tesouro de 35% para 21%, e as grandes rendas, com a criação de sete novos grampos de pagamento de impostos para indivíduos.
De acordo com o cálculo elaborado pelo Escritório independente de Orçamento do Congresso (CBO), a reforma promovida pelos republicanos somará 1,45 trilhões ao deficit nacional dos Estados Unidos na próxima década.
Outro destaque é a redução de imposto sobre herança: a reforma dobra o atual número livre de impostos sobre as heranças, que passa de US$ 5,5 para US$ 11 milhões para os indivíduos e de US$ 11 a US$ 22 milhões para os casamentos.
Estas e outras medidas fazem parte do que se considera como o maior corte tributário desde o realizado pelo ex-presidente Ronald Reagan, em 1986.
Além da redução de impostos, os republicanos incluíram aspectos ainda mais controversos dentro da sua reforma tributária.
Por um lado, revoga a obrigação de todos os cidadãos de ter um seguro de saúde que esteja incluído na legislação de saúde atual, conhecida como Obamacare; e pelo outro, autoriza pela primeira vez as prospecções de gás e petróleo numa parte do Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico.
Ciberia // EFE