O deputado federal e presidenciável pelo PSC, Jair Bolsonaro, fez várias viagens durante o mandato para dar palestras, falar com eleitores em praças e conceder entrevistas para rádios. Para isso, com a tentativa de viabilizar o seu nome para a eleição presidencial, Bolsonaro aumentou seus gastos com passagens aéreas pagas com dinheiro público da Câmara dos Deputados.
De acordo com o Estadão/Broadcast, nesta legislatura (entre 2015 e 2017), o parlamentar gastou 39% a mais com passagens custeadas pela Câmara do que no período anterior (de 2011 a 2014): passou de R$ 261 mil para R$ 362 mil.
Os deslocamentos para outros estados do país aumentaram de 23 para 83 (2,3 por mês). Foram considerados somente os bilhetes em que Bolsonaro é o passageiro e pagos por meio da cota parlamentar. A um ano do fim do atual mandato, o deputado já se deslocou 351 vezes, ante 404 dos quatro anos anteriores.
Recentemente, Bolsonaro amargou uma intensa repercussão negativa na imprensa, após a Folha publicar reportagens relatando o patrimônio dele e dos filhos parlamentares, além do recebimento de auxílio-moradia mesmo tendo apartamento próprio em Brasília.
Bolsonaro e seus três filhos que exercem mandato – Eduardo, Carlos e Flávio – são donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões em pontos valorizados no Rio de Janeiro, como Copacabana, Urca e Barra da Tijuca, e de Brasília. O parlamentar chamou o jornal de canalha.
Passagens aéreas
Um levantamento feito pelo Estadão, com dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, com 1,4 mil viagens oficiais pagas pela Câmara dos Deputados desde 2015, revela que R$ 7,6 milhões foram desembolsados com estes deslocamentos.
Os preços mais salgados são de viagens internacionais, que aumentaram 41% neste mandato dos deputados. A viagem mais cara chegou a custar mais de R$ 45 mil, por uma passagem de ida e volta com origem e destino não citados pelo jornal.
Ciberia // Revista Fórum