Não, o Starman não está a caminho de Marte. O Tesla, colocado a bordo do Falcon Heavy, está fora do trajeto previsto pela SpaceX e pode estar a caminho do Cinturão de Asteroides.
A bordo do Falcon Heavy, o foguete mais poderoso do mundo lançado na terça (6), seguia um Tesla Roadster com um manequim como piloto, o Starman.
Inicialmente, o objetivo de Elon Musk era colocar o automóvel numa órbita heliocêntrica, ao redor do Sol, onde iria permanecer durante bilhões de anos, de forma a se aproximar regularmente do planeta Marte.
Mas o veículo está fora do trajeto previsto e quem avança com a notícia é o próprio Elon Musk, através de um post no seu Instagram. O presidente da Tesla e da empresa SpaceX adiantou que o veículo pode estar à caminho do Cinturão de Asteroides, região do Sistema Solar que fica aproximadamente entre as órbitas de Marte e Júpiter.
A comunidade científica acompanha a aventura do Tesla Roadster com interesse. Segundo o site The Verge, alguns astrônomos, usando uma ferramenta do Jet Propulsion Laboratory da NASA, identificaram algumas diferenças entre os dados que Musk compartilhou e os últimos números enviados pela SpaceX.
Os cientistas garantem que o Tesla não irá alcançar o Cinturão de Asteroides, como afirmou inicialmente Elon Musk. Desde o início, o empresário admitiu que a possibilidade de o veículo chegar a Marte era pequena. O Falcon Heavy tinha criado grandes expectativas, que agora parecem cada vez mais reduzidas.
Elon Musk já tinha admitido que a terceira ignição tinha sido um sucesso e que o Roadster iria ultrapassar Marte, dirigindo-se ao Cinturão de Asteroides, mas nunca revelou que isso iria complicar seus planos iniciais.
Jonathan McDowell, astrofísico de Harvard, calcula agora que na próxima década o mais perto que o Roadster conseguirá estar de Marte é a cerca de 6,9 milhões de quilômetros, em outubro de 2020. Em março de 2021, o Tesla voltará a passar relativamente perto da Terra, a 45 milhões de quilômetros, estimou.
Ciberia // ZAP