Aqui está uma boa notícia para todos os míopes: um novo colírio pode melhorar a visão de quem tem miopia e hipermetropia e em breve substituir os óculos. Até agora, porém, o produto só foi testado nas córneas de porcos.
O colírio foi desenvolvido por cientistas da Universidade Bar-Ilan e do Centro Médico Shaare Zedek, em Israel, e promete ser uma nova forma de corrigir problemas de refração da luz na córnea, com a ajuda da nanotecnologia.
O cientista David Smadja, do Centro Médico Shaare Zedek, afirma que as gotas oftálmicas “têm o potencial de ajudar ainda em outros problemas na córnea”, e até substituir lentes progressivas, permitindo que as pessoas que dependem desse tipo de lente possam focar objetos a diferentes distâncias.
A nanotecnologia funciona da seguinte forma: os pacientes usariam um aplicativo no celular que mediria a refração dos olhos e criava depois um padrão de laser. Esse padrão seria “estampado” na superfície da córnea.
O cientista não revelou durante quanto tempo esse colírio teria que ser aplicado para corrigir a córnea de uma pessoa ao ponto de tornar os óculos ou lentes desnecessários.
Antes que o colírio passe para a próxima fase de testes e seja usado em humanos, é necessário resolver alguns problemas. Um deles é determinar com segurança se os componentes do colírio não são tóxicos para os humanos. O outro é determinar a quantidade necessária que deve ser aplicada para que faça alguma diferença.
Os cientistas acreditam que até o final de 2018 os testes em humanos já serão possíveis.
Caso o tratamento seja aprovado, poderia mudar a vida de muitas pessoas, já que a estimativa da Academia Americana de Oftalmologia é que metade da população global terá miopia em 2050.
Um dos fatores responsáveis pelo aumento do número de casos no mundo é o uso intenso de computadores e outras tecnologias. Outro fator é a vida na cidade, que faz com que a maioria das pessoas passe o dia dentro de salas pequenas e não utilize a visão ao longe.
Quem vive em um ambiente urbano tem mais que o dobro das probabilidades de desenvolver o problema.
Ciberia // HypeScience / ZAP