O último rinoceronte-branco do norte macho, Sudão, morreu nesta segunda-feira (19) no Quênia aos 45 anos, devido a “complicações relacionadas com a idade”, anunciaram os cientistas.
Em comunicado, a organização de proteção da vida animal OI Pejeta Conservacy, no Quênia, informou que o rinoceronte foi sujeito a eutanásia, depois de seu estado de saúde ter “piorado significativamente” e já não conseguir ficar em pé.
Os músculos e ossos do animal estavam se deteriorando e tinha desenvolvido extensos ferimentos na pele.
O rinoceronte estava envolvido em um importante esforço para salvar subespécies da extinção, com a ajuda de duas fêmeas.
“Era um grande embaixador da espécie e será lembrado pelo trabalho que fez para criar uma consciência global para a situação não só dos rinocerontes, mas também de milhares de outras espécies sob ameaça de extinção como resultado de uma atividade humana insustentável”, disse o responsável da organização, Richard Vigne.
Os especialistas afirmaram que Sudão, que era uma espécie de celebridade, atraindo milhares de visitantes, “apaixonou muitos com sua dignidade e força“. Os tratadores o descreviam como amável.
O último exemplar macho da subespécie nasceu no Sudão, sendo levado para um jardim zoológico na República Tcheca e então transferido para o Quênia, em 2009.
O rinoceronte “contribuiu de forma significativa para a sobrevivência da espécie, já que procriou com duas fêmeas”, indicou a organização.
Além disso, nesta segunda, foi recolhido material genético, que poderá ser utilizado em tentativas de reprodução da subespécie através de tecnologias de reprodução avançadas, acrescentaram os especialistas.
Ciberia // ZAP