A sociedade britânica Cambridge Analytica, que está no centro do escândalo sobre o acesso indevido a informação pessoal de milhões de utilizadores do Facebook, vai fechar as portas, noticiou o Wall Street Journal.
De acordo com o jornal, a empresa britânica Cambridge Analytica vai fechar. Em comunicado, a empresa veio, entretanto, adiantar que tinha iniciado um processo de falência e que tinha cessado “todas as atividades”.
O periódico português Expresso, que cita o Gizmodo, indicou que o fundador da empresa, Nigel Oakes, pediu aos 150 funcionários que empregava nos escritórios norte-americanos que entregassem “imediatamente” os cartões que dão acesso aos edifícios.
Oakes confirmou esse desenvolvimento ao diário nova-iorquino. Ligada à campanha eleitoral do agora presidente norte-americano, a Cambridge Analytica justificou o encerramento com a perda de clientes e o aumento dos custos com a justiça.
“Foi considerado que já não é viável continuar operando nesta atividade”, indicou no comunicado.
No mesmo documento, a empresa garantiu que tudo o que fez não só é legal, como também é um comportamento habitual no mundo da publicidade digital.
Vários meios de comunicação social divulgaram, em março, informações que indicavam que a consultora utilizou dados de utilizadores do Facebook para criar um programa informático que ajudou a impulsionar a campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo um ex-funcionário da empresa, a Cambridge Analytica teria ainda estado envolvida no referendo do Brexit.
O caso ditou uma reviravolta decisiva para uma empresa que chegou a ser considerada pioneira a nível do modelo de contornos tecnológicos com que chegava ao público-alvo das campanhas políticas.
A Cambridge Analytica já iniciou os procedimentos para pedir a falência no Reino Unido e deverá, em breve fazer, o mesmo nos Estados Unidos.
Ciberia, Lusa // ZAP