Cientistas defendem: se existem universos paralelos, a vida inteligente está lá

(dr) Universal Studios

Imagem retirada do filme E.T., de 1982, do diretor Steven Spielberg

Se há uma grande probabilidade de existir vida inteligente, por que ainda não encontramos nenhum extraterrestre? Talvez possam estar em um universo paralelo, defende uma equipe internacional de cientistas.

Uma equipe internacional, composta por cientistas da Inglaterra, Austrália e Holanda, realizou um estudo no qual defende que há probabilidade de existir vida alienígena caso exista um universo paralelo (mesmo que esse universo seja recheado de energia escura).

A teoria – de que o nosso universo é apenas um de muitos – é conhecida como a “teoria do Multiverso“.

Essa teoria poderia ser uma boa explicação para o “paradoxo de Fermi”. Na década de 1950, o italiano Enrico Fermi argumentou que há uma contradição entre a alta probabilidade de existir vida alienígena e a total falta de provas concretas de que a vida inteligente já evoluiu fora do nosso planeta.

Se há uma elevada probabilidade de existir vida inteligente, por que ainda não encontramos nenhum extraterrestre até hoje? Talvez possam estar em um universo paralelo.

O grupo de cientistas defende que, se tais universos paralelos existirem, não precisam ser necessariamente iguais ao nosso, até porque teriam que atender a um conjunto rigoroso de critérios para permitir a formação de estrelas, galáxias e planetas que promovem a vida.

No mais recente estudo, publicado nos Monthly Notices da Royal Astronomical Society, os cientistas realizaram simulações de computador para construir novos universos sob várias condições.

Com essas experiências, descobriram que as condições para existir vida podem ser mais amplas do que pensávamos, especialmente quando se trata da atração misteriosa da energia escura.

Em várias experiências, a equipe usou uma programa para simular o nascimento, a evolução e a eventual morte de vários universos hipotéticos. Em cada simulação, os cientistas ajustaram a quantidade de energia escura.

A equipe concluiu que, mesmo em universos com 300 vezes mais energia escura do que o nosso, a vida evoluiu. Essa é uma boa notícia para os fãs da vida extraterrestre e para os admiradores da teoria do Multiverso.

Energia escura: um problema?

A energia escura é uma força invisível do nosso universo. Enquanto a gravidade puxa a matéria para mais perto, a energia escura a empurra para longe. Graças ao impulso constante da energia escura, o nosso universo está se expandindo e essa expansão está se tornando cada vez mais rápida.

Os cientistas não sabem exatamente o que é a energia escura ou como ela funciona, sabem apenas que é muito abundante. Quase 70% da energia em massa do nosso universo pode ser feita de energia escura.

Alguns cientistas defendem que é uma propriedade intrínseca do espaço – o que Einstein chamou de constante cosmológica –, mas outros consideram que é uma força fundamental com regras dinâmicas próprias, chamada quintessência. Ainda assim, há quem ache que a energia escura não é real.

De qualquer forma, os cientistas acreditam que, se vivêssemos em um universo com muita energia escura, o espaço poderia se expandir muito mais rápido do que a própria formação de galáxias.

Já em um universo com pouca energia escura, a gravidade descontrolada poderia provocar o colapso de todas as galáxias antes sequer de existir vida.

Ciberia // HypeScience / ZAP

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