Maior nome do futebol feminino e eleita cinco vezes a melhor jogadora do mundo, Marta Vieira da Silva foi nomeada pela ONU Mulheres Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte.
A atacante e camisa 10 da seleção brasileira de futebol feminino vai lutar pela igualdade de gênero e o empoderamento feminino no esporte, em especial no futebol, criado e dominado pelos homens.
Em comunicado à imprensa, a ONU definiu Marta como um modelo excepcional para mulheres e meninas do mundo inteiro. “Sua experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem”, declarou Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres.
A atleta do Orlando Pride, equipe da Liga Nacional de Futebol Feminino dos Estados Unidos, disse ser uma honra defender os interesses da ONU Mulheres. Marta afirmou também que o esporte é uma ferramenta com grande potencial para empoderar mulheres e meninas.
“Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial. Eu sei, a partir da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento”, afirmou Marta.
“Em todo o mundo, hoje, as mulheres estão demonstrando que podem ter sucesso em papeis e posições anteriormente mantidas para os homens. A participação das mulheres no esporte e na atividade física não é exceção”, completou.
Historicamente, mulheres e meninas têm menos oportunidades, menos incentivos e sofrem discriminação – até assédio sexual – quando praticam esporte. A diferença salarial entre homens e mulheres é chocante.
Um exemplo disso é o investimento que a última Copa do Mundo Feminina de Futebol, realizada no Canadá, em 2015, recebeu: 15 milhões de dólares, contra 576 milhões de dólares investidos na Copa do Mundo de Futebol Masculino, em 2014, no Brasil.
Marta marcou 15 gols na Copa do Mundo de 2015, tornando-se a maior pontuadora da história do torneio.
Apenas mais um recorde para uma carreira brilhante, que começou em campinhos de várzea no município de Dois Riachos (AL), onde Marta jogava futebol de rua sem sapatos e precisava driblar – literalmente, digna de gritos de olé – os garotos que torciam o nariz para a menina que era melhor com a bola nos pés do que os meninos.
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