A cidade de Caracas, capital da Vezezuela, é a cidade mais violenta do planeta, segundo um relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com registro de 89 homicídios por cada 100 mil habitantes.
O relatório “Crime e Violência: Obstáculos para o desenvolvimento das cidades da América Latina e do Caribe”, correspondente a novembro de 2018, coloca ainda Maturín e Valência, como a 5ª e 7ª cidades mais violentas, respectivamente, em uma lista de dez.
Segundo o criminólogo Luís Izquiel, a criminalidade na Venezuela é perceptível “nas ruas, depois das sete horas da noite”, hora em que “as ruas viram fantasmas, porque as pessoas protegem-se nos lares, perante a ineficiência do governo para proteger a vida e a segurança dos cidadãos”.
“Temos uma taxa de homicídios de 89 por cada 100 mil habitantes. É a mais alta do planeta. A segunda é San Salvador, mas com quase 20 pontos menos que a nossa. Isso fala da magnitude da criminalidade na Venezuela”, explicou aos jornalistas.
Em relação aos delitos, explicou que os mais comuns são o roubo e o furto, devido à crise econômica no país, mas que os venezuelanos estão mais preocupados com os homicídios e os sequestros.
No entanto, explicou que tem havido uma redução dos sequestros, devido à crise econômica, porque esse delito “deixou de ser rentável para os criminosos, porque são muito poucas as pessoas que têm possibilidade de pagar por um resgate”.
Por outro lado, o sociólogo Alexander Campos tem verificado que “os venezuelanos enfrentam situações cada vez mais duras e extremas, à medida que a vida vai se tornando mais difícil”.
Segundo o BID, além de Caracas, San Pedro Sula (Honduras), San Salvador (El Salvador) e Acapulco (México) superam os 80 homicídios por cada 100 mil habitantes, muito acima da média da América Latina, onde ocorrem 39% dos homicídios do mundo, apesar de ter apenas 9% da população global.
Ciberia, Lusa // ZAP