Trinta e cinco países estão trabalhando em conjunto para construir o primeiro reator de fusão nuclear em larga escala do mundo.
Se bem sucedidos, seus esforços poderiam ajudar os seres humanos a finalmente aproveitar todas as vantagens dessa “energia verde infinita”.
Os sete principais parceiros do International Thermonuclear Experimental Reactor, ITER – Europa, Estados Unidos, China, Índia, Japão, Rússia e Coréia do Sul – lançaram o projeto há 10 anos com planos para aquecer o primeiro plasma até 2020, e atingir a fusão completa em 2023.
Agora, de acordo com Bernard Bigot, novo chefe do ITER e ex-chefe para energia nuclear da agência estatal francesa CEA, os prazos foram alterados para obter o primeiro plasma até dezembro de 2025, e potência máxima até 2035.
Fusão nuclear
Na fusão nuclear, os núcleos dos átomos colidem uns nos outros, liberando enormes quantidades de energia. Ela é muito mais poderosa do que as reações utilizadas em instalações nucleares atuais, e não produz resíduos radioativos ou gases com efeito de estufa.
Isso é principalmente porque ela é alimentada por um tipo de hidrogênio pronto para ser extraído a partir da água, tornando-se uma fonte de energia ilimitada e com pouco impacto ao meio-ambiente.
O reator está em construção no sul da França, e ao mesmo tempo que o ritmo de construção acelera, explica a Reuters, também aumenta o seu custo, atualmente no exorbitante valor estimado de US$ 20 bilhões. O orçamento do projeto já quadruplicou ao longo do período de planejamento de uma década.
Fusão nuclear sustentada nunca foi realizada em grande escala antes.
Enquanto alguns céticos dizem que o ITER não vai virar nada ou que não conseguirá ter escala, os engenheiros envolvidos na construção do reator esperam que ele se torne totalmente operacional em 20 anos.
Energia limpa e barata para todos: sonho impossível ou apenas inconveniente para alguns?
// HypeScience