O excêntrico multimilionário americano Ross Perot, que se candidatou à presidência dos Estados Unidos como independente em duas ocasiões na década de 1990, morreu nesta terça-feira aos 89 anos como consequência da leucemia com a qual foi diagnosticado meses atrás.
O multimilionário do Texas morreu durante a madrugada desta terça-feira na cidade de Dallas, segundo informou o porta-voz da família, James Fuller, a vários meios de comunicação locais.
De acordo com o porta-voz, o magnata foi diagnosticado com leucemia em fevereiro e uma infecção secundária em março quase acabou com sua vida já naquela ocasião.
Perot, cujas biografias sempre destacaram ter sido um multimilionário que se construiu sozinho, se tornou um dos homens mais ricos do país ao fundar em 1962 a empresa de serviços informáticos Electronic Data Systems Corp, sendo um dos pioneiros desse setor. Posteriormente, vendeu sua companhia à General Motors por US$ 2,5 bilhões.
O empresário criou em 1988 outra companhia, a Perot Systems, que liderou até 2004 quando cedeu o comando a seu filho e passou a ocupar a cadeira de presidente honorário.
Em 1992, Perot saltou ao palco da política nacional ao lançar-se à campanha presidencial como candidato independente contra o então presidente republicano George H.W Bush (1989-1993) e o candidato democrata Bill Clinton (1993-2001).
Naquelas eleições vencidas por Clinton, o multimilionário texano obteve cerca de 19% dos votos, a maior porcentagem para um candidato independente em 80 anos. O amplo apoio recebido por Perot fez com que os republicanos lhe culpassem pela derrota de Bush pai, que não conseguiu ser reeleito.
Quatro anos mais tarde, em 1996, Perot voltou a se candidatar com um programa ultraconservador às eleições presidenciais à frente do Partido da Reforma dos EUA e recebeu 8,4% dos votos.
Perot e sua mulher, Margot, tiveram cinco filhos e 16 netos.
// EFE