Hoje considerados um dos grandes inimigos do planeta, os sacos plásticos outrora foram criados para salvar o planeta. No entanto, como muitas boas invenções, o ser humano acabou ‘perdendo a mão’ e começou a usá-lo de forma descontrolada.
O resultado é que hoje o plástico está se acumulando em aterros, poluindo rios, mares e oceanos e chegou até ao nosso corpo também. Porém, nem sempre foi assim. Entenda.
Criado pelo filho do engenheiro sueco Sten Gustaf Thulin – em 1959, os sacos de plástico foram desenvolvidos como uma alternativa aos sacos de papel, cuja produção resultou na derrubada de florestas.
A nova alternativa propunha maior durabilidade, o que significava que eles poderiam ser usados repetidamente – muitas mais vezes do que um saco de papel poderia suportar. Infelizmente, não isto o que aconteceu. A preguiça falou mais alto e o ser humano decidiu que não seria necessário reutilizar o saco plástico.
Atualmente, cerca de 40% do plástico produzido é de embalagens que são usadas apenas uma vez e depois descartadas. Inconformado, o filho do inventor das sacolas plásticas afirmou: “Para meu pai, a idéia de que as pessoas simplesmente jogariam fora essas coisas seria bizarra. Ele sempre carregava um saco plástico no bolso dobrado. Você sabe o que todos estamos sendo encorajados a fazer hoje, que é levar suas sacolas de volta à loja, ele estava fazendo nos anos 70 e 80 naturalmente”.
Os sacos de plástico foram patenteados pela Celloplast e, em meados da década de 1960, já estavam substituindo ativamente os de em papel e tecido na Europa.
Em 1979, as sacolas plásticas já representavam 80% do mercado europeu de sacolas. No início dos anos 80, duas das maiores redes de supermercados dos EUA – Kroger e Safeway – decidiram usar sacolas plásticas. No final dos anos 80, as sacolas plásticas substituíram as de papel em todo o mundo.
Um estudo realizado pela National Geographic disse que, os norte americanos utilizam uma sacola plástica por dia, enquanto os dinamarqueses uma média de quatro sacolas plásticas ao ano. De acordo com a ONU, todos os anos são produzidas cerca de 1 trilhão de sacolas plásticas. O maior problema é que, a grande maioria não é reciclada e acaba em aterros sanitários, onde levam até 1.000 anos para se degradar.
No entanto, embora a opção por sacos de papel e algodão reduza tecnicamente o desperdício, eles também têm outros efeitos ambientais importantes. A Agência de Meio Ambiente do Reino Unido sugere que um saco de papel precise ser usado pelo menos três vezes para ser considerado “verde”.
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