Militares americanos acreditam que o uso de sensores e satélites será fundamental para a detecção e interceptação de mísseis hipersônicos.
O plano se assemelha ao projeto Guerra nas Estrelas, desenvolvido ainda nos anos da Guerra Fria para abater mísseis inimigos a partir do espaço.
Desta vez, o Pentágono planeja usar satélites munidos com sensores e outras tecnologias de rastreamento para encontrar e abater mísseis voando a mais de cinco vezes a velocidade do som, publicou o canal de TV Fox News.
O plano também foi comentado pelo contra-almirante da Marinha dos EUA John Hill, diretor da Agência de Mísseis de Defesa americana.
“Temos que trabalhar com uma arquitetura de sensores […] Porque [os mísseis] fazem manobras e são globais, você tem que ser capaz de rastreá-los em amplitude global. Isso leva a um arquitetura espacial, que é para onde estamos indo”, publicou o Departamento de Defesa americano citando o contra-almirante.
Ainda de acordo com Hill, de início, os mísseis hipersônicos voam de forma semelhante aos mísseis balísticos. Mas, logo em seguinte, seu voo toma novas características que exigem que o rastreamento seja feito a partir do espaço, acrescentou.
Protótipo já existente
Para isso, os EUA já possuem um protótipo de satélite que poderá ser usado para o rastreamento de mísseis hipersônicos. Durante os próximos anos, os EUA deverão colocar em órbita novos satélites com tecnologia semelhante, segundo Hill.
Ainda no ano passado, em entrevista ao portal Warrior Maven, o já aposentado tenente-general americano Trey Obering, disse:
“Precisamos ter satélites o suficiente. Precisamos construir uma constelação que possa rastrear estas armas. Nós teríamos que ter um número suficiente de satélites nas mesmas altitudes.”
Além disso, Obering havia dito que os mísseis hipersônicos poderiam ser abatidos e que se, por um lado, seu voo é complexo, ele também é extremamente frágil.
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