O embaixador da Rússia no Líbano, Alexander Zasipkin, disse que qualquer míssel lançado pelos Estados Unidos contra a Síria serão abatidos pelas forças russas.
As declarações foram feitas na tarde desta terça-feira (10) e se referem à intenção de Moscou de responder a qualquer ofensiva norte-americana na Síria, de acordo com o Público.
O regime de Bashar Al-Assad, aliado da Rússia, tem sido acusado de ser o responsável pelo ataque químico em Douma, nos arredores de Damasco.
Com o ataque de sábado, o líder sírio conseguiu a rendição dos combatentes da oposição naquela região. Segundo as organizações médicas no terreno, morreram dezenas de pessoas e outras centenas foram afetadas pelo gás de cloro e por outro gás não identificado.
O líder norte-americano Donald Trump disse que vai responder ao ataque “atroz, bárbaro e inadmissível” e acusou a Rússia de ser uma das responsáveis por dar apoio ao regime sírio governado pelo “animal” Assad.
“Se houver um ataque por parte dos americanos, os mísseis serão abatidos, assim como as bases de onde os mísseis forem lançados”, disse Zasipkin ao canal al-Manar, a televisão do Hezbollah. O embaixador disse ainda que “estão prontos para negociações”.
Donald Trump respondeu nesta quarta-feira (11) com o aviso de que os mísseis “estão chegando” à Síria, na sequência do suposto ataque químico que aconteceu na cidade de Douma.
“A Rússia prometeu destruir todo e qualquer míssil disparado para a Síria. Preparem-se, porque os mísseis estão chegando. Bons, novos e inteligentes. Não deviam ser parceiros com um animal que mata o próprio povo e gosta disso”, escreveu Trump no Twitter.
Síria debaixo de possíveis ataques aéreos nas próximas 72 horas. Aviação civil alertada
A Eurocontrol, organização europeia de segurança na navegação aérea, divulgou nesta terça uma “advertência rápida” às companhias aéreas do leste do Mediterrâneo contra possíveis ataques aéreos contra a Síria com mísseis nas próximas 72 horas.
“Devido ao possível lançamento de ataques aéreos na Síria com mísseis ar-terra e/ou de cruzeiro, nas próximas 72 horas, e a possibilidade de interrupção intermitente de equipamentos de radionavegação, o aviso deve ser levado em conta ao planejar operações de voo na área do Mediterrâneo Oriental-Nicósia”, divulgou a organização europeia, em seu seu site.
Na segunda-feira (9), o presidente dos Estados Unidos prometeu “responder abruptamente” ao suposto ataque químico na cidade síria de Douma, perto de Damasco, que causou dezenas de mortes e centenas de feridos, de acordo com várias organizações não-governamentais no terreno.
Mais de 40 pessoas morreram no sábado em um ataque contra a cidade rebelde de Douma, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusaram o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco negou e seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que foram ao local não encontraram “nenhum vestígio” de substâncias químicas.
Na noite desta terça, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou um projeto de resolução da Rússia para criar um novo mecanismo de investigação sobre o uso de armas químicas na Síria.
Guerra
A Síria, que entrou no oitavo ano de guerra, vive um drama humanitário perante um conflito que já fez pelo menos 511 mil mortos, incluindo 350 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.
De acordo com o Diário de Notícias, que cita fontes oficiais de Washington, diferentes opções militares estão em discussão, com os EUA a procurarem uma articulação com os aliados internacionais.
Não foram dados quaisquer detalhes, mas era sugerido que a finalidade da retaliação seria desencorajar, de uma vez por todas, o regime sírio de usar armas químicas.
Os alvos mais prováveis seriam os centros de comando e controle que teriam dirigido os ataques e unidades de apoio, considerava um especialista em segurança internacional, Benjamin Haddad, do Hudson Institute.
Outro alvo poderia ser a base de Dumayr, de onde teriam partido os helicópteros envolvidos no ataque. No dia 6 de abril de 2017, em resposta a ataque semelhante, em Khan Shaykhum, os EUA dispararam 59 mísseis sobre a base de Shayrat, na província de Homs.
Aquelas hipóteses foram, de algum modo, confirmadas no fim do dia por Emmanuel Macron que disse: se haver ataques, eles teriam como alvo instalações de armas químicas.
Outro sinal da iminência de uma possível punição militar do regime de Assad foi dada pela notícia do cancelamento da viagem de Trump ao Peru, onde deveria participar sexta-feira (13) do Encontro das Américas, partindo em seguida para a Colômbia. Trump será substituído pelo vice-presidente Mike Pence.
Um terceiro sinal veio do ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, que falava em Paris no quadro da visitas que o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman concluiu na França, antes de Macron proferir a declaração acima citada. “Não vou especular sobre o que pode ou não pode acontecer. O que posso dizer é que estão sendo avaliadas as opções disponíveis nesta questão“, disse o ministro saudita.
Ciberia, Lusa // ZAP
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