A chancelaria chinesa protestou contra a decisão dos Estados Unidos de vender armas a Taiwan no valor estimado de US$ 750 milhões (R$ 3,89 bilhões). A China instou os EUA a revogarem imediatamente as vendas de armas e prometeu tomar contramedidas.
O Ministério das Relações Exteriores da China criticou a decisão dos Estados Unidos, que aprovou nesta quarta-feira (4) a venda de 40 obuseiros autopropulsados M109A6 e outro armamento a Taiwan.
“Os Estados Unidos estão interferindo nos assuntos internos da China e minando a soberania e os interesses de segurança da China ao vender armas à região de Taiwan”, declarou nesta quinta-feira (5) a chancelaria chinesa.
O ministério reafirmou que “Taiwan é parte inseparável do território chinês” e, por isso, os Estados Unidos vão contra o direito internacional, violam o princípio de uma única China e as disposições de três comunicados conjuntos China-EUA.
O Departamento de Estado norte-americano “envia sinais errados às forças separatistas, [que querem] a ‘independência de Taiwan’, prejudica seriamente as relações entre a China e os EUA e a estabilidade no estreito de Taiwan”, segundo a chancelaria.
A China instou os Estados Unidos a revogarem imediatamente as vendas de armas para Taiwan e a cessarem toda a interação militar com a região.
“A China tomará as contramedidas legítimas e necessárias tendo em conta o desenvolvimento da situação”, declarou o ministério.
Por sua vez, o Departamento de Estado norte-americano destacou que a venda proposta de armamento ajudará Taiwan na modernização de seu parque de obuseiros, “aumentando sua capacidade de enfrentar ameaças atuais e futuras”.
Além de 40 obuseiros autopropulsados, Taipé solicitou a compra de 20 veículos municiadores M992A2, cinco veículos Hercules M88A2, cinco metralhadoras de calibre .50 M2 Chrysler Mount, kits de orientação de precisão e um Sistema Avançado de Dados Táticos de Artilharia de Campo (AFATDS).
Ciberia // Sputnik