As autoridades sanitárias tailandesas indicaram que, embora tenham perdido peso, os jovens resgatados de uma caverna no norte da Tailândia “estão bem de saúde”.
Para o inspetor de saúde pública Thongchai Lertwilairatanapong, os 12 adolescentes e o treinador “cuidaram bem de si mesmos”, durante os 18 dias em que estiveram presos na caverna.
O responsável indicou que o treinador e um dos últimos jovens a serem resgatados contraíram uma “leve infecção pulmonar”. Do primeiro grupo a ser resgatado, no domingo (8), dois apresentaram os mesmos sintomas, acrescentou.
Nesta terça-feira (10), no terceiro dia das operações de resgate na caverna, o salvamento dos 12 jovens e do treinador de futebol suscitou imediatas reações à escala mundial, com vários líderes internacionais a celebrarem o feito.
O grupo ficou preso numa caverna durante 18 dias, metade dos quais sem acesso a água potável e comida. Os 12 adolescentes, entre 11 e 16 anos, e o treinador, de 25, foram explorar a caverna depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.
Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam a saída e impediram que as equipes de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só era possível via mergulho, através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes.
Nas operações de socorro participaram 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.
O local onde os jovens ficaram presos estava localizado a cerca de quatro quilômetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona, o que obrigou parte do percurso ter que ser feita debaixo d’água e sem visibilidade.
Um dos mergulhadores envolvido nas operações de resgate, antigo membro da marinha tailandesa morreu por falta de oxigênio, depois de ter entregado uma reserva de ar às crianças e ao treinador.
A operação teve outros percalços, entre eles quando um grupo de voluntários não registrados nas equipas de resgate se enganou e, em vez de retirar água da gruta, bombeou água para o seu interior.
Além disso, as bombas de extração montadas na gruta falharam pouco depois das operações de socorro, avança o The Guardian. O nível da água subiu rapidamente, obrigando a uma evacuação dos mergulhadores que ainda se encontravam no local.
O treinador Ekapol Chanthawong, de 25 anos, foi o último a ser retirado. O treinador “Ake”, como era conhecido, foi monge budista por uma década e, durante o tempo em que estiveram presos, ensinou a crianças a meditar, ajudando-as a se manterem calmas e a preservarem energia.
A história teve um final feliz e, de acordo com alguns veículos de comunicação, Hollywood já pensa em levar o episódio para a telona.
Ciberia, Lusa // ZAP