Apesar dos confrontos com o Governo, a verdade é que as plataformas de economia compartilhada já são uma importante fonte de renda extra para muitos brasileiros e chegaram para ficar. Pelo menos é isso o que mostra um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) feito para a Airbnb.
De acordo com a Fipe, o serviço online, sozinho, acrescentou R$ 2,5 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016. O valor corresponde a 0,04% de todos os bens e serviços finais produzidos no país naquele ano, que totalizou R$ 6,2 trilhões.
Ainda segundo a fundação, a renda extra obtida por famílias que alugaram quartos e imóveis através do Airbnb é equivalente à geração de 70 mil novos empregos no país.
Isso porque, além do aluguel em si, o estudo também levou em consideração os impactos indiretos e induzidos que a plataforma causou na economia, como, por exemplo, gastos dos viajantes com alimentação, compras, passeios, transporte e outros.
Nesse aspecto, os viajantes que utilizam o Airbnb gastam, em média, três vezes mais que aqueles que ficam hospedados em hotéis.
Embora não explique os motivos por trás desse comportamento, tudo leva a crer que ele está relacionado à economia feita na hospedagem. Com mais dinheiro no bolso, os viajantes que usam a plataforma acabaram gastando R$ 788,2 milhões a mais em outros segmentos.
Atualmente, o Airbnb conta com 143 mil anúncios no Brasil, e mais de um milhão de hóspedes utilizaram o serviço somente em 2016. Segundo a Fipe, o número de pessoas que se hospedam por meio da plataforma é equivalente a 2,1% do total de hóspedes no Brasil – ou seja, ainda há um potencial gigantesco de exploração do setor pela frente.
Ciberia // CanalTech