Os dez dias de greve dos caminhoneiros custarão R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), informou nesta terça-feira (12) o Ministério da Fazenda.
De acordo com a pasta, o ministro Eduardo Guardia repassou a estimativa na segunda-feira (11) em reunião com investidores em São Paulo.
Por causa da paralisação, a previsão oficial de 2,5% de crescimento do PIB para este ano poderá ser revista para baixo. O número só será divulgado no fim de julho, e o ministro não informou mais detalhes.
Na última edição do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada todas as semanas pelo Banco Central, os analistas de mercado estimavam que a economia crescerá apenas 1,94% em 2018. Essa foi a sexta semana consecutiva de queda nas projeções. Há um mês, a projeção estava em 2,51%.
O ministro não informou o impacto que a greve dos caminhoneiros terá sobre a inflação, por causa da escassez de alimentos e da alta temporária do preço dos combustíveis provocadas pela paralisação.
Segundo o boletim Focus, a previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,65% para 3,82% em 2018. As projeções do Ministério da Fazenda para a inflação também só serão divulgadas no fim de julho.
Ciberia // Agência Brasil
Pois é. Uma coisa que não não vi ninguém comentar: entre 2013-2014 a Dilma, diante das mesmas opções de agora, optou por frear o aumento do preço dos combustíveis, mesmo impondo sacrifício à Petrobrás. Esse foi considerado o ato mais desastroso do governo dela, por causa do enorme prejuízo à estatal. Agora foi feito o que os golpistas achavam que era o “correto”: preservar a empresa e passar a conta para os consumidores. Resultado: só a Petrobrás perdeu 126 bilhões de reais em valor de mercado, e esses outros 15 bi de custo para a economia, sinceramente, me parecem estimados muuito por baixo.