Astronauta da NASA bate recorde como a mulher a passar mais tempo no espaço

(dr) NASA

Christina Koch

Christina Koch, a astronauta que participou da primeira caminhada espacial exclusivamente feminina ao lado de Jessica Meir, entrou mais uma vez para a história. É que, no último sábado, Koch bateu o recorde de missão espacial mais longa realizada por uma mulher, superando a marca estabelecida anteriormente por Peggy Whitson em 2017.

Não que haja alguma rivalidade entre as mulheres da NASA. Em uma série de entrevistas à imprensa, Koch disse que, na verdade, Peggy é uma heroína para ela. Também revelou que Peggy “teve a gentileza de me orientar ao longo dos anos, portanto isso é um lembrete para retribuir e orientar (outras astronautas) quando eu voltar”.

Koch voou para a Estação Espacial Internacional (ISS) em 14 de março. O plano era permanecer durante uma missão típica de seis meses, mas sua permanência foi prolongada pela NASA.

Um dos motivos foi a necessidade de coletar mais dados sobre os efeitos de voos espaciais de longa duração na saúde de astronautas, e ela deverá voltar em 6 de fevereiro de 2020, registrando 328 dias no espaço – apenas 12 dias a menos do voo espacial mais longo de qualquer astronauta da NASA.

Sobre essa tarefa secundária que resultou em sua permanência prolongada na ISS, Koch afirmou que “é uma coisa maravilhosa para a ciência; vemos outro aspecto de como o corpo humano é afetado pela microgravidade a longo prazo e isso é realmente importante para nossos planos de futuro voos espaciais, indo rumo à Lua e Marte”, disse Koch.

Apesar de se sentir honrada pelo tempo que passou na ISS, Koch afirma que a importância em estabelecer o novo recorde “não é tanto sobre quantos dias você está aqui, mas o que você traz a cada dia”. Para ela, este é um “grande lembrete para trazer o seu melhor”. Além disso, ela espera que o recorde seja logo superado por outra mulher, “porque isso significa que continuamos a ultrapassar esses limites”.

Koch também destacou a importância de falar sobre recordes como este para inspirar as próximas pessoas que continuarão o trabalho. “Acho que é inspirador, porque os futuros exploradores espaciais precisam ver pessoas que os lembrem de si mesmos”. Ter uma inspiração para si mesma foi importante para a formação de Koch e, por isso, “ter a oportunidade de fazer isso para futuros exploradores espaciais é uma verdadeira honra”.

Além de astronauta, Koch é engenheira e física, e realizou missões científicas em lugares como o polo sul e a Groelândia. Ela também trabalhou como engenheira eletrotécnica no laboratório de astrofísica do Centro de Voo Espacial Goddard, e foi selecionada como candidata a astronauta em 2013.

É possível que outras conquistas preencham ainda mais o currículo de Koch: ela está entre as 12 candidatas para participar do Programa Artemis, que levará uma mulher à Lua pela primeira vez em 2024.

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