A operadora de telecomunicações AT&T acaba de adquirir, num mega-negócio de 85,4 bilhões de dólares, aproximadamente 269 bilhões de reais, a Time Warner.
A empresa adquirida detém algumas das maiores marcas de entretenimento a nível internacional, como a produtora Warner Bros., a CNN, a HBO, produtora de “A Guerra dos Tronos”, a Cartoon Network, a CW e a DC Entertainment, que detém todos os direitos sobre Batman, Superman ou Arrow, entre outros superheróis.
De acordo com o Wall Street Journal, o negócio ficará concluído até o final de 2017 e resultará na criação de uma nova empresa, avaliada em mais de 200 bilhões de dólares.
AT&T usará a Warner para preencher DirecTV Now
O acordo surge na sequência de um novo negócio da AT&T na área dos conteúdos, a DirecTV Now, que será concorrente da Netflix e dos vários operadores de televisão por cabo. Ter o portefólio da Time Warner para preencher essa plataforma com programação própria será uma grande vantagem para o gigante das telecomunicações.
Segundo o Business Insider (BI), o novo serviço será lançado ainda antes do final de 2016 e tem como público-alvo os 20 milhões de espectadores que não subscreveram nenhum serviço de televisão paga. O objetivo é ser, em 2020, a principal plataforma de visionamento televisivo dos Estados Unidos.
DirecTV Now vai ser um pacote de ‘live TV’ distribuído pela internet onde quer que o espectador esteja, sem ser necessário o recurso a uma box ou a um equipamento de receção por satélite.
Tony Gonçalves, vice-presidente para a estratégia e desenvolvimento de negócios, descreve-a de forma mais simples: “É a televisão paga como app“.
Esta nova aposta vai dar cobertura à necessidade que a AT&T identificou junto de seus clientes, cujo tráfego é destinado em 60% à visualização de vídeos, 60% dos quais em consumo live na plataforma de ‘TV em todo o lado‘ da DirecTV.
Estes dados demonstraram aos responsáveis da operadora que há um mercado, livre dos antigos equipamentos e contratos, para o streaming de televisão em direto – uma tese que começa a ganhar força, com a Google, Amazon e Hulu a apostarem em serviços do género.