A ex-Miss Mundo Priyanka Chopra teve uma reviravolta em sua vida quando passou de atriz de Bollywood para a protagonista de ‘Quântico’, uma das séries americanas de maior sucesso do momento. No entanto, as notícias recentes que envolvem seu nome não têm absolutamente nada a ver com sua carreira de sucesso.
A atriz indiana Priyanka Chopra, que atualmente vive nos Estados Unidos, vem sendo o centro de uma polêmica por estrelar a capa da última edição da revista Traveller, da Condé Nast, usando uma camiseta controversa. A peça mostra as palavras ‘refugiado’, ‘imigrante’ e ‘forasteiro’ riscadas, e dá destaque para a palavra ‘viajante’.
A imagem causou revolta nas redes sociais e a atriz foi acusada de insensibilidade à situação dos refugiados e de insultá-los. Além disso, os internautas ainda chamaram atenção para o fato de que ser um refugiado não é uma questão de opção.
A publicação pediu desculpas e, através da BBC, afirmou que sua intenção era ‘destacar os rótulos muitas vezes colocados sobre as pessoas’. A atriz também tentou se retratar e, em entrevista a um canal de televisão da Índia declarou que a ideia da camiseta surgiu da revista, que produziu a peça especialmente para a ocasião
“Eles me imploraram para vesti-la. Disseram que estavam abordando a xenofobia que é um grande problema que está acontecendo”.
E continuou – “Eu acho que comprei a ideia. Eu realmente sinto muito sobre os sentimentos que feri. Sempre me posicionei contra os rótulos. Estou muito chateada e me sinto terrível, mas a mensagem foi mal interpretada“, declarou.
Por mais que a intenção da revista possa ter sido boa, dar a entender que ser refugiado é uma questão de escolha – e que eles são na verdade meros ‘viajantes’, como se estivessem fazendo turismo – soa como glamourização da terrível crise humanitária que está acontecendo atualmente no mundo.
Em seu website, a Conde Nast publicou um comunicado respondendo às críticas e explicando a intenção da mensagem.
“É sobre rotular imigrantes, refugiados ou forasteiros criando uma cultura de xenofobia. É sobre como estarmos permitindo que alguns líderes poderosos construam barreiras que tornam ainda mais difícil que pessoas brilhantes, motivadas e trabalhadoras vejam mais do mundo, aprendam com ele e o tornem melhor para todos nós”.
De um lado, a insensibilidade à situação dos refugiados. Do outro, a liberdade criativa e de expressão. Onde fica o bom senso?
// Hypeness