O conceito de carne cultivada em laboratório não é novo, e várias empresas estão querendo aperfeiçoar o processo.
A Memphis Meats está desenvolvendo uma forma de criar carne sem abate de animais. Já a Tyson Foods lançou um fundo de capital de risco para investir nesta área, e a Mosa Meat espera servir o primeiro hambúrguer feito em laboratório em apenas cinco anos.
Mas o desafio não está necessariamente em criar a melhor alternativa em sabor e aparência – mas sim em reduzir o custo de produção para que os consumidores vejam isso como uma alternativa viável à carne tradicional. E, se as coisas continuarem evoluindo como estão, isso está prestes a acontecer
Em 2013, fazer um hambúrguer in vitro de cerca de 140 gramas, construído a partir de pedaços de tecido muscular de carne cultivados em um laboratório custava cerca de 325 mil dólares.
Agora, com os avanços na indústria constantemente levando este campo para a frente, o preço foi reduzido para apenas 11,36 dólares – 30 mil vezes menos do que quando foi feito pela primeira vez.
Isso faz com que a carne cultivada em laboratório seja apenas três ou quatro vezes mais cara do que a carne moída tradicional. Se a maior barreira para colocá-la no mercado é o custo, parece que estamos chegando lá.
Considerando o ambiente de crescimento ideal, as células estaminais podem produzir muito. Uma única célula de peru poderia, teoricamente, ser usada para produzir músculos suficientes para fabricar 20 trilhões de nuggets de peru.
Dada a crescente demanda de alimentos em todo o mundo, algo assim tem o potencial de revolucionar o sistema alimentar industrial.
A mudança também traria grandes benefícios ambientais. Hoje, o objetivo do sistema alimentar industrial é atender a crescente demanda de alimentos, criando gado em uma pequena quantidade de terra e produzindo a um preço muito acessível.
Isso levou à produção em massa de fazendas de gado que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa. O alimento feito em laboratório poderia reduzir isso em 90% e reduzir o uso da terra em 99%.
Com estes benefícios, agora só precisamos torná-la economicamente viável e convencer as pessoas a darem uma chance para hambúrgueres cultivados em laboratório.
// HypeScience / Futurism