Paris sentiu falta da efervescência do seu principal cartão postal. Depois de mais de três meses fechada pela pandemia de coronavírus, a Torre Eiffel reabriu suas portas para os visitantes nesta quinta-feira (25), com atrações reduzidas e medidas rígidas de segurança sanitária.
A reabertura acontece em um contexto de preocupação com a possibilidade de uma segunda onda de contágios pela Covid-19 atingir a Europa, que aliviou a quarentena com a queda brusca das infecções e a chegada do verão.
Uso de máscara e desinfecção das mãos obrigatórios, distanciamento social controlado, limitação do número de pessoas com reserva prévia do horário.
Os parisienses já se acostumaram a adotar essas medidas de proteção contra o vírus, desde que a França afrouxou a quarentena, no início de junho. A maior diferença agora é poder frequentar a “Dama de Ferro” sem os milhares de turistas que lotam o monumento todos os dias, em tempos normais.
A atendente Cintia, 31 anos, sentiu a diferença. “As fronteiras externas ainda estão fechadas, mas estamos felizes e preparados para receber todo mundo de novo. Agora, está mais tranquilo para visitar”, afirma a brasileira que já trabalhava na Torre Eiffel antes da pandemia, em uma banquinha de sorvetes.
As fronteiras europeias reabriram na semana passada, porém o movimento turístico permanece fraco. A ocasião se transforma em um privilégio raro para os moradores da região parisiense – embora o ápice da visita, a subida até o topo da Torre Eiffel, ainda tenha de esperar um pouco mais para voltar a acontecer.
O casal Aurélien e Alexandra mora em Paris e aproveita a oportunidade de conhecer a Torre Eiffel sem milhares de turistas em volta. “É muito agradável. Não precisamos nos apressar para nada”, diz o cinegrafista Aurélien, 31 anos.
“Estamos acostumados a vir com amigos estrangeiros que não conhecem, mas hoje temos a chance de tê-la quase só para nós. Podemos tomar nosso tempo para prestar mais atenção na arquitetura e admirar os monumentos lá embaixo”, afirma a assistente de filmagens Alexandra, 30 anos.
// RFI