Facebook proibiu a instalação preliminar de seus aplicativos em smartphones do gigante tecnológico chinês, que luta para manter seu negócio à tona diante da proibição dos EUA de comprar peças e software americanos.
Segundo informa a agência Reuters, a interdição só vai abranger os novos celulares da companhia. Os usuários dos celulares que já estão em funcionamento não terão esse problema. Se agora eles não têm esses aplicativos, podem baixá-los do Google Playstore.
A agência não informa sobre a data de entrada em vigor das interdições do Facebook. Os representantes da Huawei não comentaram a situação.
Google, Intel, Broadcom e outros grandes fabricantes anunciaram a cessação da colaboração com o gigante chinês depois de os EUA o colocarem na lista negra que não lhe permite adquirir componentes e tecnologias de produtores americanos.
Segundo declarou o especialista em questões jurídicas da companhia, Song Liuping, a utilização de todos os instrumentos possíveis e do poder do Estado para reprimir a Huawei significa que o mesmo pode acontecer com qualquer ramo da economia e com qualquer empresa.
Google teria avisado EUA sobre riscos de vetar Huawei
A Google argumenta que uma versão modificada do Android pela Huawei seria mais vulnerável aos ataques de hackers. A empresa alertou a administração de Trump de que a proibição sobre a Huawei coloca a segurança nacional dos EUA em risco, já que essa decisão fará com que a empresa chinesa crie um sistema operacional inseguro, informa o Financial Times.
Recentemente, diversas empresas como Google, Intel, Broadcom, Qualcomm, ARM, entre outras, suspenderam suas atividades comerciais com a empresa chinesa, seguindo ordens do Departamento de Comércio dos EUA.
Entretanto, foi informado que atualmente os executivos da Google estão pressionando os funcionários norte-americanos para desfazerem a proibição ou para que seja emitida uma nova licença temporária para a empresa chinesa.
Por sua vez, o presidente da Huawei, Richard Yu, afirmou que a empresa chinesa conta com um “plano B”, caso não possa utilizar os sistemas operacionais norte-americanos. Com isso, a empresa estaria planejando colocar em funcionamento o sistema Hongmeng, que é um sistema operacional próprio da empresa chinesa, para substituir o Android da Google.
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