Já parou para pensar no som que as estrelas fazem? Bill Chaplin, professor de Astrofísica na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, explica que esses corpos celestes têm um barulho natural.
Segundo explica o professor Bill Chaplin, da Universidade de Birmingham, os corpos celestes têm um barulho natural. “Isso acontece na camada externa deles, e esse som fica preso, o que faz com que ele ressoe – como um instrumento musical”, diz.
Surpreendentemente, porém, quanto maior a estrela, menor será a intensidade desse barulho. “Se temos uma estrela maior do que o Sol, ela vai inspirar e expirar mais lentamente. Assim, a intensidade de sua ressonância natural – e suas oscilações – é mais baixa”, afirma Chaplin.
“Tomemos como exemplo uma estrela que a missão Kepler, da Nasa, observou, que é duas vezes maior que o Sol”, acrescenta. “Ao medirmos as frequências, obtemos informações sobre o tamanho da estrela, mas, principalmente, sobre a idade dela“.
A missão Kepler, da NASA, coordenada por Chaplin, tem por objetivo pesquisar estrelas de tipo solar e encontrar planetas que possam abrigar vida.
A missão leva o nome do astrônomo Johannes Kepler, importante estudioso do século XVII e que deu muitas contribuições para a Astronomia, ganhou notoriedade pela grande quantidade de exoplanetas, planetas que estão fora de nosso Sistema Solar, que ajudou a encontra nos últimos anos.
A sonda Kepler detecta os exoplanetas por meio do fenômeno do trânsito planetário, isto é, quando um planeta passa na frente de sua estrela e deixa uma pequena mancha no disco estelar. Fenômeno semelhante ocorre com os planetas Mercúrio e Vênus, quando estes passam na frente do Sol e formam momentaneamente uma pequena mancha negra.
Uma das descobertas mais significativas ocorreu em 2015, quando o planeta nomeado Kepler-452b foi encontrado. Esse planeta é rochoso, está a 1400 anos-luz, é cerca de 60% maior que a Terra e está em uma zona considerada habitável.
Ciberia // BBC