A rua ‘Penny Lane’, que deu nome a uma das maiores canções dos Beatles, pode ter ganhado esse nome por causa de um famoso traficante de escravizados.
Autoridades e historiadores estão investigando qual a origem do nome da rua, cuja placa foi vandalizada durante a onda iconoclasta que vem derrubando estátuas de racistas e renomeando ruas ao redor de toda Europa.
A explosão do protestos do #BlackLivesMatter que aconteceu após a morte do norte-americano George Floyd trouxe consequências à Terra da Rainha. A primeira “vítima” dos protestos por lá foi a estátua do traficante de escravizados Edward Colston, em Bristol. A imagem da homenagem sendo derrubada viralizou nas redes sociais e hoje ela está afundada em algum dos canais da cidade portuária a leste de Londres.
Já a rua Penny Lane pode estar conectada a James Penny, um dos maiores mercadores da escravidão, que fez riqueza antes da Guerra de Independência dos EUA, traficando seres humanos da África para trabalhar de maneira forçada na colônia britânica. Ele foi um dos principais defensores da escravidão na Inglaterra e fez toda sua carreira em Liverpool, cidade dos Beatles.
O Museu da Escravidão de Liverpool e a prefeitura do Município está averiguando se a rua ganhou esse nome por causa de James Penny ou porque penny, em inglês, significa ‘centavo’. Caso se confirme a relação com o mercador de escravizados, as autoridades municipais se comprometeram a alterar o nome da rua, que ainda continuará marcada pela canção dos Beatles.
“Se é uma conseqüência direta o fato de que essa rua se chama ‘Penny Lane’ por causa de James Penny, isso precisa ser investigado. Algo precisa acontecer e eu diria que essa placa e a rua correm risco de serem renomeadas”, afirmou o prefeito de Liverpool, Steve Rotherham, à Sky News.
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