Face à medida do primeiro-ministro da Índia de acabar com a circulação das notas mais altas para combater a corrupção no país, os indianos estão a ficar sem dinheiro.
Desde a semana passada que as notas de 500 e de mil rupias desapareceram na Índia, uma medida levada a cabo pela primeiro-ministro Narendra Modi para combater a corrupção no país.
O problema é que esta situação fez com que os últimos dias fossem um caos completo, já que, além da grande maioria da população não ter conta bancária, surgiram longas filas à porta dos bancos e das casas de câmbio com indianos que queriam entregar essas mesmas notas e receber o equivalente em notas de menor valor.
Outro dos problemas é que a a maioria das caixas automáticas instaladas no país têm três espaços para notas de 500 e de mil rupias e apenas um para notas de 100, o que faz com que as notas de menor valor acabem por se esgotar muito mais rapidamente. Resultado: a população está ficando sem dinheiro.
O vice-ministro da Fazenda, Shaktitanta Das, afirmou essa segunda-feira (14) que o Governo está acompanhando situação e que já começou a tomar medidas.
“Quero sublinhar mais uma vez que há dinheiro impresso suficiente tanto no Banco de Reserva da Índia como no sistema em geral. Não existe motivo para pânico“, afirmou o governante.
O ministro da Fazenda indiano, Arun Jaitley, tinha declarado que o processo de reprogramar as cerca de 200 mil caixas automáticas do país demoraria cerca de três semanas, algo que Shaktitanta já veio reformular, afirmando que uma força do ministério criada especialmente para o efeito está tentando acelerar o processo.
As notas de 500 e de mil rupias (25 e 50 reais, respectivamente) são as que têm maior circulação na Índia. Modi considera que esta é a melhor medida de combate à corrupção.
“Meus companheiros, cidadãos, eu deixei minha casa, minha família, deixei tudo para servir meu país. Vocês votaram em mim para abolir a corrupção? Se vocês exigiram isso, então eu devo fazê-lo ou não?”, questionou ontem o primeiro-ministro num dos seus discursos.
A medida foi inicialmente recebida com entusiasmo, mas perante esta situação já se começam a fazer ouvir algumas críticas.
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