A eleição de Joe Biden como presidente dos EUA mudou radicalmente a postura da Casa Branca diante de todos os assuntos.
Mas a transformação não foi somente política: pra além das 17 ordens executivas que o novo comandante-em-chefe do país assinou no seu primeiro dia de trabalho, a administração Biden também mudou a Casa Branca literalmente – alterando consideravelmente a decoração do local, também como forma de se posicionar, direta ou indiretamente, em contraste completo com o que a administração Trump vinha fazendo.
Segundo consta, a mudança na Casa Branca tradicionalmente leva somente cerca de cinco horas para sair uma família presidencial e entrar a nova – mas Biden veio preparado para marcar a diferença com relação ao agora ex-presidente Trump: atrás de sua cadeira, Biden rapidamente mandou posicionar o busto de Cesar E. Chavez, um trabalhador rural que, nos anos 1960, liderou diversas greves e manifestações pacíficas para mulher as condições de trabalho nas fazendas do país.
“O busto do meu pai no salão oval [escritório do presidente na Casa Branca] simboliza a esperança de que um novo dia está nascendo para nossa nação”, comentou Paul F. Chavez, filho do líder rural, em entrevista.
E as mudanças seguiram: diversos retratos de ícones americanos, como Lincoln e George Washington, com a pintura de Franklin Roosevelt em claro destaque na galeria que se mudou para seu escritório – onde também se destacam os retratos de Thomas Jefferson e Alexander Hamilton. Uma mudança profundamente simbólica foi a retirada do retrato do ex-presidente Andrew Jackson e a inclusão de Benjamin Franklin à esquerda da mesa de Biden.
A inclusão de Franklin, que era cientista, foi vista como um claro aceno da Casa Branca sobre a importância da ciência no momento atual. Já a retirada de Jackson foi vista como um posicionamento antirracista: Jackson foi um presidente escravocrata que também assinou o Ato de Remoção dos Índios Nativos, determinação que forçou milhares de nativos para fora de suas casas e rumo à morte pela miséria ou assassinato. Andrew Jackson era admirado por Trump, que havia incluído seu retrato no Salão Oval.
Além de outras transformações, como mudanças nas bandeiras e a inclusão de bustos à sala como os de Eleanor Roosevelt, Martin Luther King Jr., Robert F. Kennedy e Rosa Parks para simbolizar a inclinação humanista, antirracista e progressista da nova administração, umas das decisões mais comentadas foi a retirada do botão vermelho que Trump havia mando instalar em sua mesa. A função do botão era pedir automaticamente um copo de Coca Diet, que era trazido até Trump de imediato em uma bandeja de prata.
Outra mudança importante no Salão Oval foram as máscaras como parte do protocolo de segurança contra a Covid-19: Biden as usa.
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