Deputada federal afirma que é possível “intervenção militar” em mais nove estados

agenciasenado / Flickr

A deputada federal Jandira Feghali

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) externou preocupação com a intervenção na Segurança Pública do Rio de Janeiro decretada por Michel Temer. Para ela, a medida vai além de uma resposta à rejeição ao governo federal, bem como ao governador Luiz Fernando Pezão (MDB) e ao prefeito Marcelo Crivella (PRB), que ficaram explícitas durante o carnaval.

O carnaval foi a vitrine dessa insegurança, que jogou para o mundo o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Mas é também a rejeição absoluta a estes três níveis de governo. Aí eles buscam algum grau de sustentação, que não será só no Rio. Estão anunciadas [medidas de intervenção] em mais nove estados”, disse a deputada.

Jandira destacou preocupação com a violência trazida pelo protagonismo das forças armadas no país.

“A cidadania precisa de uma força pública que a proteja. Eu tenho muita preocupação com forças armadas sendo usadas como forças policiais. O Exército e as forças armadas poderiam entrar, mas ajudando no comando, na inteligência, na detecção cirúrgica do crime, do tráfico de armas e das drogas, e não nas ruas”, defendeu.

“Quantos civis, quantos inocentes, podem, a partir da truculência dessas forças, ser assassinados em uma operação dentro das comunidades ou nas ruas? Tenho muito medo de pessoas, principalmente as mais pobres, serem assassinadas sem uma apuração correta, tendo suas casas invadidas, com pé na porta, e agressões”, acrescentou Jandira.

“Depois vão criar um Ministério da Segurança Pública. E me pergunto se esse governo federal está preocupado com a vida do cidadão ou estão preocupados em ampliar os seus votos da bancada da bala e para sua agenda neoliberal”, acrescentou.

Ela ressaltou ainda acreditar que a medida de Temer visa ao “endireitamento” do processo eleitoral no país, com um candidato “mais fascistizador” da política brasileira.

Cortes

A parlamentar do PCdoB avalia que a grave situação do Rio de Janeiro resulta do corte de recursos para o setor e da falta de um plano integrado entre União, estado e município. Ela chamou as forças democráticas do país a ficarem atentas e mobilizadas, especialmente nesta segunda-feira (19), dia de manifestações contra a reforma da Previdência.

“Que tenhamos a capacidade de reconstruir uma política de segurança pública eficaz, com ordem pública, mas com democracia. Que as forças democráticas se levantem com a bandeira da democracia, e que a gente tenha eleições democráticas para que o povo decida o seu rumo”, declarou a deputada.

Ciberia // Brasil de Fato

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1 COMENTÁRIO

  1. Sou favorável a intervenção militar para fortalecer a Segurança Publica tanto no Rio de Janeiro como em qualquer estado que não esteja conseguindo cuidar da segurança de seu povo.
    Hoje temos satélites e drones que podem vasculhar qualquer beco ou viela, quando encontrar alguém com algum tipo de armamento é só utilizar um Atirador de Elite e abater, porque não existe bonzinho com um rifle de grande potencia nas mãos e para não termos problemas mantenha esta Midia sensacionalista afastada.
    Acredito que em três meses os militares estarão voltando à suas bases.

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