Um enorme círculo de gelo giratório se formou esta semana no rio de Presumpscot, na cidade de Westbrook, no estado norte-americano do Maine. Esse disco bizarro, ainda que raro, é um fenômeno natural fruto da Física.
Fotos captadas pelo Departamento de Comunicação e Marketing da cidade norte-americana, liderado por Tina Radel, mostram as dimensões do disco de gelo que parece ter uma superfície maior do que algumas garagens na área. Um vídeo publicado pela cidade mostra as dimensões do fenômeno (e conta com música dramática de fundo).
“Não parece estar se movimentando para cima ou para baixo nesse momento”, disse Radel em declarações à Earther. “Continua girando no sentido oposto dos ponteiros do relógio. O meu palpite é que pode ficar maior à medida que mais gelo for se formando. Há previsões de neve para o fim de semana”, avisou.
Apesar de incríveis, os discos giratórios de gelo não são propriamente novos. O estudo sobre os fenômenos remonta, pelo menos, aos finais da século XIX.
Pesquisas sobre discos observados anteriormente, publicadas na revista Physical Review em meados de 2016, explicam o fenômeno: à medida que o gelo afunda, os discos “vão para baixo, girando horizontalmente, de forma que um vórtice vertical é gerado abaixo deles”.
Em declarações ao Press Herald, Mark Battle, professor associado de Física no Bowdoin College em Brunswick, sugeriu que o disco de Westbrook pode também ser resultado de uma massa de gelo espessa que se movia no rio, tendo ficado preso perto da costa.
O Press Herald ouviu ainda Doug Bertlesman, um programador web da Ethos Marketing, empresa sediada junto à margem do rio, que estimou que o disco giratório tenha pelo menos 91 metros de de diâmetro. Se confirmado esse número, o disco do Maine pode ultrapassar os valores já registrados em outros países, como na Suécia.
Ciberia // ZAP