Pelo menos um homem morreu e outro ficou gravemente ferido na rebelião ocorrida neste domingo (6) na Brigada 41 de Blindados do Batalhão Paramacay, na cidade de Valencia, no centro-norte da Venezuela, informou o comandante geral do Exército do país, general Jesús Suárez Chourio.
Um grupo de militares do chamado Forte Paramacay, no estado de Carabobo, na Venezuela, promoveu um levante neste domingo (6) contra o governo de Nicolás Maduro, mas acabou rendido por outros membros das Forças Armadas, segundo o general chavista Diosdado Cabello.
“Um grupo de paramilitares, aproveitando as condições do momento, nos atacou, mas imediatamente eles foram repelidos, derrotados e estamos aqui festejando o triunfo da pátria”, disse o general em pronunciamento público, acompanhado por diversos oficiais.
O levante ocorreu na manhã de hoje e foi informado por meio de um vídeo divulgado na internet, no qual um grupo de cerca de 20 homens armados e uniformizados acompanha um porta-voz que se identifica como “capitão Juan Caguaripano” e “comandante da operação David Carabobo”.
Caguaripano, que deixou as Forças Armadas em 2014 durante uma onda de protestos contra o governo, disse estar “em rebeldia” contra “a tirania assassina de Nicolás Maduro”. Além disso, afirmou que o levante não foi um “golpe de Estado”.
Uma fonte militar disse que pelo menos oito dos 20 insurgentes tinham sido detidos. Entre os integrantes do grupo havia três oficiais de baixa patente, um sargento paraquedista da reserva, um tenente que desertou há três meses, um integrante de uma milícia e cinco civis.
O general Jesús Suárez Chourio alegou por sua vez que o episódio não foi uma rebelião militar, mas “um ataque terrorista“, e que a única “insurgência da pátria” ocorreu há 25 anos e meio, liderada pelo ex-presidente Hugo Chávez.