O ministro dos negócios estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson, advertiu o presidente norte-americano Donald Trump de que uma ação militar contra a Coreia do Norte poderia provocar uma reação norte-coreana que “vaporizaria” grande parte da população da Coreia do Sul.
Depois de a Coreia do Norte ter testado com sucesso uma nova bomba de hidrogênio, a comunidade internacional reagiu neste domingo (3) de forma bastante crítica – com destaque para os EUA, cujo secretário da Defesa, Jim Mattis, admitiu que os norte-americanos “não querem aniquilar totalmente” a Coreia do Norte, mas que devem responder de forma “esmagadora”.
Nesta segunda-feira (4), o Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, comentou as declarações de Jim Mattis deixando um sinal de preocupação com as consequências de uma ação militar contra a Coreia do Norte para o vizinho do sul.
“Seul será vaporizada”, avisa o ex-prefeito de Londres, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph. “Todas as opções estão em aberto, mas não vejo realmente nenhuma solução militar fácil“, acrescentou Boris Johnson, que considerou o teste de Pyongyang uma ação “irresponsável e imprudente”.
Ainda assim, defende Johnson, “é essencial continuar todos os esforços por uma solução diplomática para o problema da península coreana, que podem ainda ser muito produtivos”.
Esta é uma posição semelhante à defendida pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que aprovou recentemente a instalação do sistema antimísseis norte-americano Thaad em território sul-coreano, o que não aceitou inicialmente.
“Todas as opções têm que estar sobre a mesa, mas se optarmos por uma intervenção militar serão os sul-coreanos a sofrer, não os americanos”, advertiu Moon.
Neste domingo, a Coreia do Norte realizou o maior teste nuclear já feito, tendo explodido com sucesso uma bomba de hidrogênio, explosivo muito mais poderoso que uma bomba atômica, desenvolvida para ser instalada em um míssil balístico intercontinental.
O anúncio do “sucesso absoluto” do teste da bomba de hidrogênio, conhecida como ‘bomba H’, foi feito pela âncora da televisão estatal norte-coreana (KCTV), horas depois de Seul e Tóquio terem detectado atividade sísmica incomum na Coreia do Norte.
O “terremoto artificial” foi 9,8 vezes mais poderoso do que o abalo sentido quando a nação liderada por Kim Jong-un realizou o quinto teste nucelar.
O Governo chinês “condena vigorosamente” o ensaio nuclear realizado pela Coreia do Norte e desafia o regime de Pyongyang a “parar de agravar a situação” com “gestos que não servem seus interesses”.
Os Estados Unidos reagiram pela voz do Secretário da Defesa Jim Mattis, destacando que “temos capacidade para nos defendermos e defender nossos aliados, a Coreia do Sul e o Japão”, acrescentando que “qualquer ameaça aos EUA, aos seus territórios ou seus aliados, será alvo de uma resposta militar ‘esmagadora’“.
Mattis afirmou que os EUA não pretendem, de forma alguma, “a aniquilação total” da Coreia do Norte, mas apelou que Kim Jong-Un ouvisse a mensagem do Conselho de Segurança da ONU, segundo a qual “todos os membros se mostraram de acordo, por unanimidade, quanto à ameaça que a Coreia do Norte representa”.
Ciberia // ZAP
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