A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, disse nesta quarta-feira (8), na Colômbia, que “o mundo deve se dar conta de que há um ditador na Venezuela” e anunciou mais ajuda econômica para as regiões de fronteira.
Haley, adiantou a agência EFE, visitou a ponte internacional Simón Bolívar, na cidade colombiana de Cucuta e a principal passagem fronteiriça com a Venezuela, onde observou a crise humanitária causada pela chegada de centenas de milhares de venezuelanos à Colômbia, fugidos da crise que assola o país.
A embaixadora norte-americana na ONU também anunciou que os Estados Unidos vão alocar mais 9 milhões de dólares para combater a crise na zona de fronteira, lamentando a situação vivida por milhares de venezuelanos.
“A Venezuela costumava ser um país bem-sucedido e agora vê os venezuelanos cruzarem a ponte para conseguir comida e medicamentos”, disse Haley aos jornalistas, depois de visitar alguns centros de ajuda aos imigrantes.
Por isso mesmo, a embaixadora pediu aos países da região que tomem medidas a respeito e condenem o regime para que a comunidade internacional os escute. “É tempo de os países da região, que também sofrem com a migração, condenarem Maduro e dizerem a ele que é o momento de sair”, disse a embaixadora.
A diplomata está na Colômbia, liderando a delegação dos EUA que assistiu à cerimônia de posse do novo presidente colombiano, Iván Duque, eleito para o período 2018-2022.
Cerca de 35 mil venezuelanos atravessam por dia a fronteira com a Colômbia, alguns em busca de bens de primeira necessidade, outros para ficarem definitivamente e outros para seguirem para outros países.
De acordo com dados oficiais, cerca de um milhão de venezuelanos se fixaram definitivamente na Colômbia, enquanto milhares se refugiaram no Brasil.
Ciberia, Lusa // ZAP