O emprego na indústria recuou 0,4% em agosto frente a julho, conforme dados com ajustes sazonais.
A pesquisa Indicadores Industriais mostra ainda que atividade e faturamento da indústria caíram em agosto frente a julho, segundo dados com ajustes sazonais
Foi a 19ª queda consecutiva do emprego, que atingiu o menor patamar desde novembro de 2004. No acumulado dos 19 meses, o indicador caiu 12,8%, na série livre de efeitos sazonais.
As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 6 de outubro.
A retração do emprego é consequência do quadro recessivo da indústria. Em agosto, praticamente todos os indicadores de atividade do setor tiveram queda.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, para reverter esse quadro são necessárias reformas estruturais urgentes, como a da previdência e a trabalhista.
“Além disso, é fundamental que o governo aprove a Proposta de Emenda Constitucional que define um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Somente com essas ações mais enérgicas o país poderá retomar a confiança, melhorar o ambiente de negócios, gerar empregos e promover o crescimento da economia”, destaca Andrade.
O faturamento da indústria caiu 3,9% e as horas trabalhadas na produção recuaram 3,2% em agosto ante julho, segundo dados com ajustes sazonais.
A indústria operou, em média, com 77,1% da capacidade instalada em agosto, uma alta de apenas 0,3 ponto percentual em relação a julho.
A massa salarial dos trabalhadores do setor continua em queda. Em agosto, o indicador caiu mais 0,6% frente a julho. O rendimento médio recuou 0,3% na mesma comparação.
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