O enfermeiro Nathan Sutherland foi preso sob acusação de ter abusado sexualmente de uma paciente em estado vegetativo que deu à luz em dezembro no estado do Arizona, nos Estados Unidos.
A mulher está internada em estado vegetativo em uma clínica administrada pela organização Hacienda HealthCare, na cidade de Phoenix, há mais de uma década.
A família diz que a mulher está incapacitada desde os três anos. Tem uma deficiência mental por causa de ataques no início da infância. Apesar de não falar, tem alguma mobilidade nas pernas, cabeça e pescoço, responde a sons e mexe o rosto.
O bebê nasceu no dia 29 de dezembro e está saudável. A equipe da clínica não sabia que a mulher, que não foi identificada, estava grávida. “Ninguém da equipe sabia que ela estava grávida praticamente até que entrou em trabalho de parto”. A paciente precisava de atenção 24 horas por dia e muita gente tinha acesso ao quarto.
A polícia abriu uma investigação para apurar o caso e entender o que aconteceu e quem falhou na proteção de uma pessoa sem capacidade para reagir e se defender.
Depois do nascimento, uma investigação policial recolheu amostras de DNA dos empregados da clínica. Segundo o chefe da polícia local, Jeri Williams, os investigadores prenderam Nathan Sutherland, de 36 anos, sob acusação de abuso sexuale estupro de vulnerável. O técnico foi transferido para a prisão de Maricopa County.
Williams disse que Sutherland trabalhava na Hacienda HealthCare desde 2011 e tomava conta da paciente na época em que o estupro ocorreu. “Nós devíamos essa prisão à vítima”, Williams disse. “Devíamos essa prisão ao mais novo membro da nossa comunidade, aquele bebê inocente.” A polícia ainda averigua se Sutherland abusou de outras pacientes.
O incidente iniciou um clima de insegurança que já se instalou na instituição. Uma mãe garante que passou a dormir na clínica, onde a filha de 22 anos está internada, para garantir que nada lhe aconteça. “Ela não consegue andar ou falar, mas entende”, explica, depois de dizer não saber se a filha foi vítima de algum tipo de abuso.
O protocolo na clínica mudou depois do incidente e, agora, os homens que entram em quartos ocupados por mulheres devem ser acompanhados por mulheres da equipe. Mas essa não é a primeira vez que estabelecimentos da Hacienda HealthCare têm problemas com a conduta sexual de funcionários.
Ciberia // ZAP