Uma espanhola de 55 anos morreu depois de ter se submetido a um tratamento de apiterapia, semelhante à acupuntura, mas que, em vez de agulhas, utiliza picadas de abelhas vivas.
O caso aconteceu em 2015, mas só agora foi revelado ao ser explicado em um artigo científico publicado no Journal of Investigational Allergology and Clinical Immunology.
A espanhola, de 55 anos, cuja identidade não foi revelada, não resistiu a uma complicação severa depois de ter se submetido ao tratamento de apiterapia – semelhante à acupuntura, mas que, em vez de agulhas, usa picadas de abelhas vivas – que vinha se desenvolvendo há dois anos.
De acordo com o Diário de Notícias, a paciente teve uma reação alérgica depois da picada da abelha e começou a sentir dificuldade em respirar, acabando por desmaiar.
Semanas depois de complicações associadas a um derrame cerebral provocado pela falta de oxigenação no cérebro, a paciente acabou falecendo. Segundo os pesquisadores, o choque anafilático deveu-se à injeção repetida de veneno de abelha, que fez aumentar o risco de reação alérgica.
“Esse é o primeiro caso conhecido de morte por apiterapia devido a complicações de uma anafilaxia grave em um paciente sensível que era, até então, tolerante”, escrevem os médicos que tentaram salvar a paciente no Hospital Universitário Ramón e Cajal, em Madrid.
“Uma tolerância prévia às picadas de abelha não impede obrigatoriamente que possam posteriormente surgir reações de hipersensibilidade”, explicam os especialistas.
A apiterapia é uma terapia não comprovada cientificamente que envolve várias técnicas relacionadas com abelhas. Além das picadas, são usados também produtos como mel e cera dos favos.
O tratamento é antigo, mas ficou popular quando a atriz Gwyneth Paltrow assumiu usá-lo como recurso contra inflamações, dores no corpo, nas articulações e contra o estresse.
Ciberia // ZAP