Um casal ficou gravemente ferido após ter sido vítima de um ataque de abelhas em Brignon, região do Haute-Loire, no centro da França. Nesta quarta-feira (3), o homem estava internado em estado grave por causa das múltiplas picadas dos insetos. A esposa dele, de 52 anos, teve ferimentos leves.
Segundo informações da rede de TV France Blue, os dois caminhavam ao ar livre quando foram picados várias centenas de vezes por enxames de abelhas num local chamado Les Rozières Brignon, ao sul de Puy-en-Velay.
Eles foram atendidos por bombeiros e transportados para o hospital local. Seis bombeiros também foram atacados durante o resgate.
A operação de salvamento foi delicada devido à agressividade das abelhas. O capitão dos bombeiros, Stéphane Ponce, reportou uma “situação excepcional”. Ele contou ter visto uma “nuvem agressiva de abelhas cobrindo completamente o corpo do homem e parcialmente a da mulher”.
Os bombeiros pediram a ajuda de um apicultor que estava tirando mel das colmeias próximas e lançando fumaça sobre as abelhas. Vestidos com suas roupas de combate ao fogo, os bombeiros conseguiram retirar as duas vítimas do local e levá-las para a ambulância.
“Nós podemos estimar entre 200 e 300 picadas numa das vítimas e entre 150 e 200 na outra. Eles tinham abelhas por todo o corpo. Elas atacaram os bombeiros, entraram na ambulância e foi preciso usar fumaça para afastá-las”, conta Stéphane Ponce.
A operação para a retirada do mel das colmeias e um temporal podem explicar o comportamento agressivo dos insetos. Uma investigação foi aberta para apontar as causas e as circunstâncias deste incidente.
A cada ano, mais de uma dúzia de casos de ataques mortais são registrados na França por causa de picadas de insetos, sendo as mais comuns de abelhas, vespas e marimbondos. Em um adulto que não seja alérgico ao veneno de abelhas, estima-se que 250 a 300 mordidas sejam suficientes para levar à morte.
Em junho de 2018, uma mulher de 90 anos morreu em Cantal. Ela havia sido picada centenas de vezes por abelhas e morreu no hospital, dois dias depois.
// RFI