O ministro do Meio Ambiente e da Energia australiano, Josh Frydenberg, anunciou neste domingo (29) um investimento de 500 milhões de dólares australianos – R$ 1,3 bilhão – para proteger a Grande Barreira, o maior sistema de coral do mundo.
O Parque Marítimo da Grande Barreira de Corais passará a receber cerca de R$ 25 milhões anuais adicionais para “manter o trabalho essencial” na área declarada Patrimônio da Humanidade, acrescentou o governante.
“O governo irá investir mais de 500 milhões de dólares australianos, o maior investimento alguma vez já feito, para proteger os recifes e assegurar sua viabilidade e a dos 64 mil postos de trabalho que dependem da Grande Barreira de Corais”, disse Frydenberg, citado pela EFE.
O ministro salientou que falava de “um amplo leque de iniciativas, tendo em conta os melhores conselhos dos especialistas, trabalhando de forma mais estreita com a autoridade do Parque Marítimo da Grande Barreira de Corais para garantir que o recife tem as melhores oportunidades de futuro”.
A Grande Barreira, que acolhe 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e 4 mil variedades de moluscos, cria anualmente cerca de R$ 16 bilhões às economias da Austrália e de Queensland.
O maior recife de corais do mundo começou a se deteriorar na década de 1990 pelo duplo impacto do aquecimento da água do mar e do aumento da sua acidez, devido à maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.
Em janeiro, o governo central anunciou um investimento do equivalente a quase R$ 160 milhões para aumentar o pessoal e os barcos que combatem a praga de estrelas-do-mar que comem os corais da Grande Barreira.
Esse apoio oferecia também incentivos aos agricultores para a redução da contaminação gerada pela sua atividade e que confina com a área marítima onde se encontram os recifes.
No dia 19 de abril, um estudo revelou que a Grande Barreira de Coral sofreu um “colapso catastrófico”, que acusava um dos branqueamentos mais destrutivos.
De acordo com o estudo publicado então na revista científica Nature, um terço dos corais de superfície da Grande Barreira morreu em 2016, devido ao aumento das temperaturas.
Ciberia // ZAP