Universidades prestigiadas dos Estados Unidos, como Columbia, Berkeley e Harvard fecharam total ou parcialmente suas portas por causa do novo coronavírus, e agora oferecem aulas online.
O governo de Donald Trump não decretou o fechamento de nenhuma instituição neste país, apesar dos 791 casos e 27 mortes associadas ao Covid-19. As universidades, algumas delas privadas, têm decidido sobre isso de maneira independente.
A poucos dias do início das férias de primavera, que começam no próximo final de semana, Harvard anunciou que os cursos serão oferecidos online até o fim do período, em 23 de março.
A famosa universidade, situada na região de Cambridge, no estado de Massachusetts, pediu aos seus 36 mil estudantes para “não retornar após as férias de primavera” e seguir estudando à distância “até nova ordem”.
“O objetivo dessas mudanças é minimizar a necessidade de unir-se a grandes grupos e passar um tempo prolongado muito próximo a outros”, disse o presidente da universidade, Lawrence Bacow, em uma mensagem publicada no site de Harvard.
Na Itália, Irã, Índia, Coreia do Sul e Japão, os países mais afetados pela epidemia depois da China, os governos têm concedido férias aos seus estudantes. A UNESCO estimou que no último 5 de março havia quase 300 milhões de estudantes sem aulas em 13 países por causa do vírus, e desde então o número segue aumentando.
Nos Estados Unidos as medidas até agora são estabelecidas por cada instituição de ensino. O MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, também em Cambridge, cancelou todas as aulas com muitos alunos até o final do ano escolar no próximo 15 de maio, e aumentou os cursos online.
Em Nova York, as universidades da Columbia, New York University, Fordham e Hofstra anunciaram que passarão a lecionar por cursos virtuais. A Universidade de Princeton, em Nova Jersey, indicou que haverão cursos online até o próximo 5 de abril e cancelou todos os eventos previstos no campus.
No outro extremo do país, na Califórnia, ao menos cinco universidades, incluindo Berkeley e Stanford, suspenderam a maioria das suas aulas presenciais.
Universidades, escolas primárias e secundárias que ainda não começaram a oferecer cursos virtuais se preparam para fazê-lo.
A escola internacional da ONU, em Nova York, a UNIS, fechou suas portas na última segunda porque um professor foi diagnosticado supostamente com pneumonia, mas aguarda o resultado do teste para o vírus. Seus mais de mil alunos já estão assistindo às aulas online.
// RFI