O vice-ministro boliviano Alfredo Rada comunicou que o exército boliviano vai, pela primeira vez, participar de uma cerimônia oficial em homenagem a Ernesto “Che” Guevara.
Che Guevara continua um dos rostos e nomes mais icônicos da revolução cubana: o movimento armado e guerrilheiro que serviu para destituir o ditador Fulgencio Batista, no dia 1º de janeiro de 1959.
Depois do fim da ditadura, o guerrilheiro símbolo da liberdade e da rebeldia ajudou à reorganização do Estado cubano, tendo desempenhado altos cargos como o de presidente do Banco Nacional ou Ministro da Indústria.
No dia 8 de outubro de 1967, Che Guevara foi capturado, aos 39 anos, na Bolívia, onde tentava, sem sucesso, estabelecer uma base guerrilheira para lutar pela unificação dos países da América Latina e invadir a Argentina.
No dia seguinte, também foi preso o soldado boliviano Mario Terán, por ordem do Coronel Zenteno Anaya e do presidente René Barrientos (1964-1969).
As mãos do guerrilheiro foram cortadas, mantidas em formol e entregues a Juan Coronel Quiroga, amigo do ministro da defesa da Bolívia, que “durante anos” guardou “debaixo da cama as mãos de Che Guevara”.
Mas o contexto atual é “diferente”, reforça o vice-ministro da coordenação, Alfredo Rada, à agência de notícias oficial da Bolívia (ABI), citado pelo periódico português Renascença, em alusão à época em que o guerrilheiro foi capturado e executado pelos soldados do país.
“É uma época de deixar a execução do guerrilheiro para trás e homenageá-lo ao lado das famílias dos antigos combatentes. Queremos que este seja um momento de expressão da unidade do povo”, justificou Alfredo Rada.
Ciberia // ZAP