O programa Encontro com Fátima Bernardes abordou um tema polêmico na quinta-feira (17). A apresentadora pediu para que os convidados e a plateia escolhessem salvar entre um policial levemente ferido e um traficante em estado grave. E o resultado foi que, de 8 pessoas, 7 preferiram salvar o criminoso.
Fátima Bernardes costuma fazer muitas experiência sociológicas e comportamentais em seu programa, o Encontro, exibido nas manhãs da Rede Globo de Televisão. Algumas delas provocam polêmica e essa é a intenção, já que toda atração televisiva necessita de audiência.
Na sexta-feira passada, no entanto, uma pergunta mexeu mais que o normal com muita gente. Fátima questionou quem deveria ser salvo primeiro em um hospital, um criminoso (um traficante) ou um policial, que estava a defender a lei.
Ela enfatizava o drama de um filme que divulgava e mostrava três pessoas chegando ao mesmo tempo em uma unidade sem recursos, uma delas uma criança. No longa, o traficante é o mais ferido de todos, mas todas as três pessoas estavam sob algum perigo.
Os convidados de Fátima escolheram que o primeiro a ser salvo era o traficante, já que era ele a correr o maior perigo. A apresentadora preferiu não se posicionar sobre o questionamento, talvez prevendo que isso gerasse repercussão.
Foi exatamente isso o que ocorreu. Bernardes virou uma espécie de inimiga número um para muitos policiais e levou clima de tensão à Rede Globo de Televisão.
A hashtag ‘Eu Escolho Salvar o policial‘ chegou a ficar no topo do Twitter. Em páginas que defendem os militares, fotos e vídeos de militares se posicionando contra a comunicadora ganharam destaque. Algumas delas, mais irritadas, mandam Fátima adotar um bandido.
Entretanto, em discursos feitos em palanque e até em um vídeo gravado na internet, o deputado federal Jair Bolsonaro, do PSC do Rio de Janeiro, disse que era esse tipo de comportamento que a mídia gerava, ao fazer a inversão de valores.
Ele ainda disse que Fátima e todas as pessoas que defendiam os direitos humanos dos bandidos, mas que se esqueciam dos direitos dos agentes da lei, eram marginais, tanto quanto os criminosos.
A situação perdeu o controle depois que um helicóptero da PM do Rio de Janeiro caiu, provocando a morte a 4 policiais. No momento da queda, a aeronave fazia uma operação contra bandidos.
Apesar de não encontrar vestígios de tiro, a perícia ainda não disse o que derrubou o veículo aéreo.
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