Vídeo: médico ginecologista nega atender mulheres que não votem em Bolsonaro

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Uma atendente do Hospital Vittá, em Goiânia (GO), vestida com uma camiseta do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), aparece em vídeo que circula na internet advertindo os pacientes que o ginecologista da unidade nega atender quem não vote no candidato.

Ela diz ainda que quem não vota em Bolsonaro nem entre na sala, pois o médico estaria muito estressado e já teria expulsado pacientes por esse motivo. A atendente ainda relata no vídeo que o médico está com boné e camiseta do candidato.

A Revista Fórum teria feito uma ligação ao Hospital Vittá, sendo que a mulher que atendeu ao telefone teria identificado o assunto imediatamente e dito que se tratava do ginecologista Cláudio Coelho de Vasconcelos. A atendente também teria pedido à Fórum que entrasse em contato com o advogado do médico.

Nas redes sociais, os comentários sobre o vídeo estão divididos. Entre os eleitores de Bolsonaro, há quem diga que o vídeo é falso. Por outro lado, os que são contra o presidenciável afirmam que o vídeo precisa ser analisado pelo Conselho Federal de Medicina. A discussão sobre o vídeo pode ser vista no Facebook.

Vale lembrar que o voto é secreto.

Condenado por retirar útero sem autorização

Entretanto, a Fórum trouxe dados sobre o ginecologista e obstetra mencionado na suposta chamada telefônica feita ao Hospital Vittá, Cláudio Coelho de Vasconcelos.

De acordo com a publicação, ele foi condenado, em 2009, a doar cinco cestas básicas para uma instituição de caridade em Goiânia. O especialista foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal leve após ter retirado sem autorização o útero de uma desempregada de 47 anos de idade. O fato aconteceu no Hospital Santa Lúcia, na capital de Goiás.

A vítima tinha sido internada para uma operação de períneo, procedimento indicado para o tratamento de incontinência urinária.

Na denúncia, a paciente diz que o erro médico foi percebido por sua irmã, que trabalha como técnica em enfermagem, logo após a operação. O médico foi chamado e teria admitido que houve troca do prontuário. A operação no períneo só pode acontecer horas depois.