A visita de Donald Trump a Israel está fazendo história e causando polêmica por causa da ida ao Muro das Lamentações. E em um âmbito menos político, Trump dá o que falar por causa de uma “palmada” de Melania.
Ainda antes de entrar nos temas mais sensíveis da visita a Israel, logo na chegada ao aeroporto de Tel Aviv, Donald Trump e Melania, a primeira dama dos EUA, protagonizaram um momento caricato, quando caminhavam ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e sua mulher, Sara, que iam de mãos dadas.
O presidente dos EUA esticou a mão na direção de Melania, como se quisesse imitar Netanyahu e sua esposa. Melania respondeu com uma “tapa” na mão do governante, como que afastando-a de perto dela – momento que ficou registrado em vídeo e que tem feito movimentado as redes sociais.
Visita histórica e polêmica ao Muro das Lamentações
Mas a visita de Trump a Israel está dando o que falar também por motivos políticos e históricos – antes de mais pelo fato de Trump ter chegado a Israel em um voo que partiu da Arábia Saudita, onde esteve em visita oficial nos últimos dias.
Este foi “o primeiro voo direto da história entre a Arábia Saudita e Israel”, diz a imprensa israelense.
Outro ponto polêmico da visita de Trump a Israel é a ida ao Muro das Lamentações, na cidade velha de Jerusalém, na parte oriental ocupada, onde esteve com Melania e sem a presença de representantes do Estado israelense, em visita a título privado.
Trump foi o primeiro inquilino da Casa Branca a visitar o Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado do judaísmo. Até agora, os presidentes norte-americanos em exercício tinham evitado a visita, em alinhamento com o restante da comunidade internacional, que não legitima a soberania de Israel sobre esta parte da cidade.
“Ligações indestrutíveis” com Israel
Na chegada a Tel Aviv, o presidente norte-americano saudou as relações dos EUA e de Israel como “ligações indestrutíveis”, depois de ter sido recebido na pista do aeroporto internacional da capital israelense pelo presidente Reuven Rivlin e sua mulher, Nechama, e pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pela sua mulher, Sara.
Trump reiterou também sua convicção de que existe “uma rara oportunidade” para o alcance da paz na região.
“Temos à nossa frente uma rara oportunidade para conseguir a segurança, a estabilidade e a paz nesta região”, declarou, citado pela agência France Press, nas suas primeiras declarações públicas sobre a visita.
Novo ataque ao Irã
Em um tom mais de “guerrilha” política, Trump repetiu fortes críticas ao Irã, afirmando que Teerã nunca poderia vir a ter armas nucleares.
“Os EUA e Israel podem afirmar em simultâneo que o Irã nunca deve possuir uma arma nuclear e que deve cessar o financiamento, treino e equipamento mortífero para terroristas e milícias, imediatamente”, declarou o presidente norte-americano acusando Teerã de apoiar “terroristas”.
Ao reafirmar a “duradoura amizade entre os EUA e o Estado de Israel” e o fato de serem “grandes aliados e parceiros”, Trump destacou que os dois países precisam fortalecer a cooperação por enfrentarem “ameaças comuns”. Ele citou o Estado Islâmico e também “o Irã, que impulsiona o terrorismo, financia e fomenta uma violência terrível”.
Trump também agradeceu a Benjamin Netanyahu o que definiu como “compromisso em avançar com a paz entre palestinos e israelenses” e disse ter desejo “em debater o processo de paz com o presidente palestino Mahmud Abbas”, com quem também se reúne na visita de 28 horas pela região.
Ciberia // ZAP