Um tribunal regional da Índia absolveu nesta quinta-feira (20) 14 condenados à prisão perpétua pelo massacre de 33 muçulmanos durante uma explosão de violência em 2002, que deixou um saldo de quase mil mortos no estado ocidental de Gujarat.
O Tribunal Superior de Gujarat revogou as penas ditadas em 2011 contra 14 dos condenados e manteve as dos outros 17 condenados por queimar vivos vários muçulmanos na cidade de Sardarpura, informou a agência local “PTI”.
Esse foi um dos muitos episódios de violência registrados no estado em 2002 contra a minoria muçulmana, à qual atribuíam o incêndio de um vagão de trem carregado de peregrinos hindus que causou 59 mortos.
Em 2011, o tribunal tinha absolvido outros 31 acusados pelo caso de Sardarpura.
O incidente aconteceu no dia 28 de fevereiro de 2002, quando uma multidão jogou gasolina e incendiou uma casa na qual estavam refugiados dezenas de muçulmanos.
Em junho passado, um tribunal especial de Gujarat condenou à prisão perpétua 11 acusados por outro dos episódios daquele ano, neste caso na cidade de Ahmedabad, onde uma multidão de 20 mil pessoas ateou fogo a várias casas no bairro e queimou vivas 69 pessoas.
Pelo menos 1000 pessoas, a maior parte muçulmanos, morreram em Gujarat em 2002 em consequência de confrontos violentos entre hindus e muçulmanos.
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