O ministro Marco Aurélio Mello é o novo relator do inquérito que investiga se Aécio Neves (PSDB) recebeu propina da JBS no valor de R$ 2 milhões.
O caso estava nas mãos do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que decidiu separar os trechos sobre Aécio e continuar tocando apenas a apuração envolvendo Michel Temer e Rodrigo Rocha Loures.
Segundo informações do G1, Marco Aurélio disse que deverá levar aos demais ministros o recurso de Aécio para derrubar a decisão de Fachin, pelo afastamento do tucano do Senado.
“É claro que se é ato de um colega, ombreando o colega, jamais reconsideraria decisão do colega. E não reconsiderando, não atuando nesse campo individualmente, trarei ao colegiado”, disse Mello.
Em grampo da JBS que está em posse da Lava Jato, Aécio apareceu pedindo R$ 2 milhões para pagar advogados. O montante, segundo o tucano, era um empréstimo pessoal. Já Joesley Batista nega o favor, afirmando que pagou Aécio para evitar problemas para a JBS no Congresso.
Aécio disse que ofereceu a Joesley um imóvel da família em troca do dinheiro, mas a proposta foi recusada. O senador não explicou, contudo, porque o dinheiro foi entregue por seu primo, Frederico Pacheco, a um assessor parlamentar que ajudou a depositar o montante em uma das empresas do senador Zezé Perrella.
No mesmo inquérito sobre Aécio estão ainda a jornalista Andrea Neves – irmã do tucano –, o primo Frederico Pacheco, e o ex-assessor parlamentar de Perrella, Mendherson Souza Lima. Andrea e Frederico estão presos desde o último dia 18.